O ministro russo da Defesa vangloriou-se hoje de já estar disponível um novo míssil supersónico, com capacidade para transportar ogivas convencionais e nucleares. O presidente Vladimir Putin também festejou a estreia do míssil Avantgard como um acontecimento histórico.
O Avantgard, alegadamente 27 vezes mais rápido que o som, é um míssil intercontinental que, segundo declarações hoje emitidas pelo ministro da Defesa russo reforça a capacidade militar-nuclear do país.
Segundo o ministro, Sergei Shoigu, comunicou a Vladimir Putin, acaba de entrar em funções a primeira unidade militar equipada com sistemas Avangard. O comandante das Forças de Mísseis Estratégicos, general Sergei Karakayev, precisou que se trata de uma unidade localizada na região de Orenburg, no sul dos Montes Urais.
Putin, por seu lado, anunciara em março de 2018 o plano de desenvolver o Avantgard. O presidente russo foi ao ponto de comparar o novo míssil com o acontecimento histórico que foi, em 1957, o lançamento do primeiro satélite soviético. Disse também que a Rússia é o único país dispondo de mísseis supersónicos, o que faria dela o país mais avançado neste tipo de armas.
É conhecido o empenhamento da indústria militar chinesa em desenvolver um sistema equivalente. A conjugação da estreia russa com a iminência de uma estreia equivalente na China suscitou, assumidamente, preocupações na Administração Trump, que deu instruções para se trabalhar nos meios de intercepção.
O problema para esses meios reside, contudo, no facto de o Avantgard ser um míssil intercontinental com a característica invulgar de poder mudar de trajectória, o que o torna muito mais difícil de interceptar.
