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Número de mortos não pára de aumentar por causa de sismo no Nepal

por Sandra Salvado, Ana Sofia Rodrigues - RTP
Athit Perawongmetha, Reuters

Um sismo de magnitude 7.3 na escala de Richter sacudiu esta terça-feira o Nepal. As autoridades fecharam o aeroporto de Katmandu, depois de um novo sismo que matou, pelo menos, 41 pessoas e feriu mais de mil, segundo os últimos dados oficiais das autoridades nepalesas.

Mais de mil pessoas feridas e, pelo menos, 41 mortos, é o último balanço feito pelas autoridades do Nepal à agência Reuters.

O sismo provocou o pânico na capital nepalesa.  "O aeroporto está fechado por enquanto", disse à agência France Presse Birendra Prasad Shrestha, do Aeroporto Internacional de Tribhuvan, em Katmandu.

Há relatos que dão conta de corpos a serem retirados de escombros de edifícios que ruíram por completo.
Vários feridos estão a ser levados para o hospital. De acordo com o Observatório Geológico dos Estados Unidos, que monitoriza a atividade sísmica em todo o mundo, o sismo foi revisto de 7.4 para 7.3 e ocorreu a uma profundidade de dois quilómetros a nordeste de Katmandu.

Centenas de pessoas fogem do aeroportoEntre as cidades mais próximas, encontra-se Bhimeshwar, com uma população de 22.849 pessoas; Laliptur com 183.310 pessoas e Patna, com 1,6 milhões de pessoas.

De acordo com o Channel News Asia, centenas de pessoas correram assustadas para fora do aeroporto de Katmandu, como se pode ver na página do Twitter.

 

A agência de notícias Reuters avança também que diversas pessoas foram mortas na Índia depois do sismo que abalou o Nepal.

A agência espanhola EFE acrescenta que a zona onde ocorreu o sismo desta terça-feira é aquela que foi mais afetada pelo tremor de terra de 7.8 que há duas semanas e meia, a 25 de abril, provocou mais de oito mil mortos.

Um sismo de magnitude 7.3 na escala de Richter sacudiu esta terça-feira o Nepal, duas semanas depois do terramoto que matou pelo menos 8.000 pessoas.

Pânico na populaçãoEste novo sismo terá sido sentido no norte da Índia até Nova Deli, a cerca de 800 quilómetros do epicentro, avança a NBC.

Os jornalistas da agência Reuters no local relatam o pânico vivido pelas pessoas que, ainda com a memória do terramoto anterior, abandonavam as suas casas e tentavam contactar com familiares.

"Foi um choque. Ainda estamos todos a recuperar e a tentar saber qual é a verdadeira situação no terreno", disse à RTP Mariana Palavra, funcionária da Unicef no Nepal.

Portugueses no NepalVários portugueses estão a ajudar no Nepal. Pedro Queirós e Lourenço Macedo Santos são dois desses portugueses. Andaram a viajar há uns meses e estavam no Nepal quando foi o terramoto do dia 25 de abril.

Não chegaram a sair de lá e ficaram para ajudar. Esta terça-feira, Pedro Queirós escreveu na página do facebook que estão bem e seguros no Hotel Dwarikas.

"Para já não há eletricidade, embora a internet continue ativa. Não enviem mensagens por favor porque isso gasta a bateria", diz.

@Katmandu, Nepal.A terra tremeu de novo durante algum tempo. A BBC está a falar em 7.4. Estamos bem e seguros no Hotel...

Posted by Pedro Queirós on Terça-feira, 12 de Maio de 2015


"Desconhecemos estragos ou outras consequências no resto do país. Mais uma vez vamos manter a calma e perceber os próximos passos", conclui o português Pedro Queirós.

Fernando Carrilho, diretor do Departamento de Sismologia do Instituto Nacional de Meteorologia, sublinha que a região pode registar novos sismos em breve e que o sismo desta terça-feira ainda é uma réplica do abalo sentido no passado dia 25 de abril e que causou mais de oito mil mortos.
Entrevista com Fernando Carrilho, diretor do Departamento de Sismologia do Instituto Nacional de Meteorologia

Para o especialista em sismologia, a zona está altamente sujeita a tais ocorrências.
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