O Observatório Europeu Copernicus alerta que o primeiro mês deste ano foi o mais quente alguma vez medido no planeta. Com uma temperatura média de 13,23°C, a temperatura "recorde" também frustrou as estimativas dos cientistas. Isto porque esperavam que o fenómeno La Niña interrompesse quase dois anos de marcas históricas.
No boletim mensal do Observatório Copernicus, divulgado esta quinta-feira, lê-se que janeiro de 2025 foi “surpreendente porque se mantiveram as temperaturas recordes registadas nos últimos dois anos, apesar do desenvolvimento das condições La Niña”.Sendo que o Observatório também identifica sinais de
“desaceleração ou paragem na evolução” das condições para alimenta “La
Niña”.
No entanto, nem tudo pode ser explicado apenas pelo “enfranquecimento” do fenómeno La Niña.
O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, entrevistado pela BBC News, também responsabiliza o aumento da quantidade de gases com efeito de estufa“A razão básica pela qual estamos a quebrar recordes, e temos tido esta tendência de aquecimento que dura há décadas, é porque estamos a aumentar a quantidade de gases com efeito de estufa na atmosfera”, disse Gavin Schmidt..
No entanto, nem tudo pode ser explicado apenas pelo “enfranquecimento” do fenómeno La Niña.
O diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da NASA, entrevistado pela BBC News, também responsabiliza o aumento da quantidade de gases com efeito de estufa“A razão básica pela qual estamos a quebrar recordes, e temos tido esta tendência de aquecimento que dura há décadas, é porque estamos a aumentar a quantidade de gases com efeito de estufa na atmosfera”, disse Gavin Schmidt..
O valor registado pelo Copernicus mostra que "janeiro de 2025 excedeu o nível pré-industrial em 1,75°C", antes de os humanos modificarem profundamente o clima através da utilização massiva de carvão, petróleo e gás fóssil.
Tendo janeiro registado em todo o mundo uma “temperatura média de 13,23°C”, os cientistas insistem no alerta.
No entanto, as temperaturas da superfície dos oceanos, os principais reguladores do clima que cobrem mais de 70 por cento do planeta, permanecem elevadas, em níveis nunca vistos até abril de 2023. No Ártico, onde o inverno é anormalmente quente, o gelo marinho atingiu a extensão mais baixa em janeiro, praticamente igual a 2018, segundo o Observatório Copernicus.
Os próximos meses deverão ajudar a esclarecer se o calor “extra” dos últimos dois anos é ou não o início de uma aceleração do aquecimento que os cientistas não tinham previsto.
As temperaturas globais, cujo aumento alimentou secas, ondas de calor ou inundações devastadoras, dependem e muito das temperaturas dos mares.No entanto, as temperaturas da superfície dos oceanos, os principais reguladores do clima que cobrem mais de 70 por cento do planeta, permanecem elevadas, em níveis nunca vistos até abril de 2023. No Ártico, onde o inverno é anormalmente quente, o gelo marinho atingiu a extensão mais baixa em janeiro, praticamente igual a 2018, segundo o Observatório Copernicus.
Os próximos meses deverão ajudar a esclarecer se o calor “extra” dos últimos dois anos é ou não o início de uma aceleração do aquecimento que os cientistas não tinham previsto.
O que fazer com as estimativas?
Até ser registado este valor recorde em janeiro, os cientistas antecipavam que este ano de 2025 iria ser ligeiramente mais frio que 2023 e 2024.
Até ser registado este valor recorde em janeiro, os cientistas antecipavam que este ano de 2025 iria ser ligeiramente mais frio que 2023 e 2024.
Agora, apesar de ainda esperarem que isso aconteça, as dúvidas são muitas porque, mais cedo ou mais tarde, vão surgir novos recordes na temperatura do globo. Uma vez que a Humanidade continua a alimentar o aquecimento do planeta.