O “cubo mágico” foi reinventado e já bateu recordes

Chegou ao mercado um cubo para clicar e pressionar botões, concebido para aumentar a concentração e reduzir o stress. A ideia já rendeu milhões aos seus criadores, que afirmam que o sucesso da sua invenção está na resposta a uma necessidade óbvia: aliviar o stress.

RTP /
Visual Hunt

Esqueça as icónicas faces coloridas que nos acompanham desde os anos 80. O famoso “cubo Rubik” foi reinventado e já rendeu quatro milhões aos seus inventores.

Os irmãos Matthew e Mark McLachlan dedicaram quatro anos a criar e desenvolver o “cubo mágico” do século XXI, pensado para reduzir o stress e aumentar a concentração.“A chave deste êxito está em termos conseguido relacionar uma necessidade tão óbvia, tão natural, que passa despercebida”.

O novo dado tem nas suas faces desde interruptores, botões e pequenas rodas que não ativam nada: foram pensados apenas para satisfazer a compulsiva necessidade que todos sentimos de vez em quando de apertar, girar e clicar sem parar - tudo pelo simples prazer de o fazer.

Vários estudos comprovam que todos estes comportamentos melhoram a concentração e ajudam a reduzir o stress, o que levou os irmãos McLachlan a desenvolver este dado interativo a que chamaram Fidget Cube. Os lucros vão em mais de quatro milhões de euros.
Quanto mais simples melhor
Para chegar ao resultado final que os fez alcançar este sucesso, os McLachlan apenas tiveram que se concentrar no que estavam a fazer com as mãos enquanto pensavam em qual seria a sua criação seguinte. Deram por si a apertar sem parar o botão da caneta ou a abanar o pé compulsivamente, movimentos que grande parte das pessoas faz instintivamente.

Começaram então a investigar como é que podiam utilizar a tecnologia e ao mesmo tempo maximizar os efeitos positivos do clicar e apertar objetos nos momentos em que estamos mais concentradas.


Fonte: El País

Foi no decorrer do processo que descobriram um estudo publicado em 2015 por psicólogos da Universidade da Califórnia, Roland Rotz e Sarah Wright, que demonstraram que, quando o que estamos a fazer não é suficientemente interessante para nos manter atentos, os estímulos motores adicionais (como apertar botões) fazem com que o nosso cérebro se mantenha ocupado e se foque na atividade principal inicialmente desenvolvida. Cerca de 100 mil pessoas não resistiram a comprar o Fidget Cube antecipadamente. O pequeno dado não estará disponível para venda antes de Dezembro de 2016.

Os autores do estudo defendem que apertar e clicar em coisas distrai a nossa parte do cérebro que está aborrecida e permite que as áreas principais se concentrem na atividade inicial.

Para confirmar estes dados, os irmãos tiveram que clicar e apertar objetos enquanto realizavam outra atividade. Concluíram que tais movimentos não representam nenhuma distração,e contribuem até para controlar a inquietação.

Este dado interativo já está nas listas de projetos que mais lucro deu, e os seus autores explicam o porquê de tanto sucesso: “A chave deste êxito está em termos conseguido relacionar uma necessidade tão óbvia, tão natural, que passa despercebida”.
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