"O Panamá não é paraíso fiscal",garante presidente do país

Londres, 16 nov (Lusa) - O presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, garantiu, em Londres, que o seu país não é um paraíso fiscal, reagindo às declarações recentes do presidente francês, Nicolas Sarkozy, com quem Martinelli se encontrará em Paris.

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"O Panamá não é um paraíso fiscal", reiterou Ricardo Martinelli no último da sua visita ao Reino Unido, à margem de uma conferência com o objetivo de atrair investidores ao seu país.

"O Panamá fez enormes esforços para sair da lista negra dos paraísos fiscais" da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) em julho passado, afirmou Martinelli.

Entretanto, na cimeira do G20 que decorreu nos dias 03 e 04, em Cannes, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou que os países que abrigam paraísos fiscais serão "ostracizados" pela comunidade internacional, referindo-se especificamente ao Panamá, mas não só.

"Antigua e Barbuda, Barbados, Botsuana, Brunei, Panamá, Seicheles, Trindade e Tobago, Uruguai e Vanuatu não se dotaram de um quadro jurídico adaptado à troca de informações fiscais", afirmou Nicolas Sarkozy, acrescentando que "a Suíça e o Liechtenstein ainda não estão qualificados" entre os países que adotaram aquele regime.

O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em Inglês) informou no início de novembro que a maioria dos países identificados há alguns anos como sendo paraísos fiscais aderiu às normas financeiras internacionais adotadas pelos reguladores.

Das 60 avaliações feitas pelo FSB, 41 países demonstraram uma aplicação suficientemente forte das normas definidas pelos reguladores e outros 18 mostraram progressos significativos na adoção destas normas. Os únicos dois países que não iniciaram qualquer diálogo com o FSB são a Líbia, referida ao antigo regime de Muammar Kadhafi, e a Venezuela.

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