O que aconteceu ao avião ucraniano? Aparelho estava em chamas antes de cair

As últimas informações sobre o que aconteceu com o avião ucraniano que caiu no Irão indicam que o aparelho estava em chamas antes de se despenhar. Trata-se de um novo dado avançado pela autoridade iraniana de aviação. Sabe-se também que a tripulação não pediu ajuda via rádio e estava a tentar voltar ao aeroporto.

RTP /
Nazanin Tabatabaee - WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

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São informações avançadas pela autoridade de aviação civil do Irão que constam de um relatório preliminar sobre o acidente. 176 pessoas morreram (83 iranianos, 63 canadianos, 11 ucranianos, 10 suecos, quatro afegãos, três alemães e três britânicos) depois de o avião ter caído pouco depois de ter levantado voo do aeroporto da capital iraniana.

O acidente aconteceu horas depois do lançamento de mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani.


O Boeing 737 das linhas aéreas ucranianas tinha levantado voo do aeroporto de Teerão tendo como destino a capital ucraniana, Kiev. Acabou por se despenhar pouco depois de levantar voo, entre as cidades de Parand and Shahriar.

A informação agora adiantada pelas autoridades de aviação está alinhada com o que testemunhas no local afirmaram nas últimas horas. Várias pessoas disseram que viram o avião a voar em chamas.

As autoridades estão também, para já, a colocar de parte a teoria de erro do piloto, uma vez que se trata de um comandante com larga experiência de voo. "É impossível que tenha havido erro da tripulação", disse o presidente das linhas aéreas ucranianas.

Numa conferência de imprensa em Kiev, este responsável afirmou que o aeroporto de Teerão não é "um simples aeroporto" pelo que os pilotos que para lá voam têm que ter já uma longa experiência.

A verdade é que só com as chamadas "caixas negras" do avião, que foram entretanto recuperadas, será possível perceber um pouco melhor o que aconteceu. As caixas negras registam vários dados de voo do aparelho para além de gravarem o que se diz no cockpit.

O Irão fez entretanto saber que os EUA não terão acesso às caixas negras, ou seja, que elas não serão enviadas à constutora norte-americana Boeing.

Dentro das leis internacionais para acidentes de aviação, o Irão será sempre o responsável principal pela investigação, sendo que tem que contar com a participação da Ucrânia, uma vez que é o país de operação do avião e onde estava registado.

C/Lusa

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