Obama alerta que Sudão do Sul está à beira de uma guerra civil
Washington, 20 dez (Lusa) -- O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez na quinta-feira um apelo ao fim imediato dos combates entre fações do Exército no Sudão do Sul, alertando que o país está à beira de uma guerra civil.
"Os recentes combates ameaçam mergulhar o Sudão do Sul novamente nos dias negros do seu passado. Os combates para ajustar contas políticas ou desestabilizar o Governo devem parar imediatamente", afirmou Obama em comunicado, depois de anunciar o envio de 45 soldados para proteger o pessoal norte-americano naquele país.
O Presidente norte-americano defendeu que "todas as partes devem ouvir os conselhos sábios dos seus vizinhos, dialogar e dar passos imediatos no sentido da reconciliação".
"Os líderes do Sudão do Sul devem reconhecer que o compromisso com o inimigo político é difícil, mas recuperar da violência descontrolada e do ódio será ainda mais difícil", acrescentou.
Ao recordar que o Sudão do Sul é uma jovem nação com apenas dois anos, Obama alertou que o progresso de Juba no sentido de acabar com a violência "está hoje em risco".
"O Sudão do Sul está à beira de um precipício e tem escolha. Os seus líderes podem acabar com a violência e trabalhar para resolver as tensões de forma pacífica e democrática", disse, exortando as autoridades locais a "mostrarem coragem e liderança e a reafirmarem o seu compromisso com a paz, unidade e um melhor futuro para o seu povo".
Na quinta-feira, uma base da ONU no Estado de Jonglei foi atacada e três capacetes azuis indianos foram mortos. O antigo vice-presidente do Sudão do Sul Riek Machar, acusado de ter iniciado os combates entre fações do Exército, registados desde domingo, defendeu a saída do poder do Presidente Salva Kiir.
Na terça-feira, os Estados Unidos ordenaram a retirada do Sudão do Sul da maior parte do seu pessoal diplomático.