Observadores da CEDEAO consideram "processo bem organizado e transparente"

A Missão de Observação Eleitoral da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) considerou hoje como "bem organizado e transparente" o processo das eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau.

Lusa /

Uma nota publicada na página oficial da CEDEAO dá conta de que a Missão de Observação Eleitoral (MOE) registou "um dia de votação pacífico, bem organizado e transparente", no país africano.

Segundo a nota, a missão, liderada pelo embaixador Issufu Baba Braimah Kamara, esteve nos principais centros de votação durante a abertura das eleições gerais, presidenciais e legislativas, de domingo, em que os guineenses foram chamados a escolher o novo Presidente da República e os 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.

De acordo com a publicação oficial, "as primeiras observações confirmaram o início pontual das operações, a presença de mandatários acreditados dos partidos, a disponibilidade dos materiais essenciais de votação".

A Missão da CEDEAO destaca também "um nível de disciplina cívica que demonstrou elevada confiança pública no processo", que afiança ter decorrido alinhado "com as normas exigidas para eleições credíveis no espaço da CEDEAO".

Aponta em concreto "a atuação dos agentes eleitorais, do pessoal de segurança e dos eleitores".

"Estas constatações preliminares reforçam o compromisso contínuo da Organização em salvaguardar os processos democráticos, promover a estabilidade e garantir que os resultados eleitorais reflitam fielmente a vontade do povo da Guiné-Bissau", acrescenta.

Entre os observadores internacionais esteve também a Rede dos Órgãos Jurisdicionais e de Administração Eleitoral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (ROJAE-CPLP), a convite da Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau.

Numa conferência de imprensa na sede da CNE, em Bissau, transmitida nas redes sociais, a ROJAE-CPLP concluiu que as eleições de domingo na Guiné-Bissau foram "livres, justas e transparentes".

A conclusão consta do comunicado preliminar da missão, lido pelo representante Carlos Alberto Cauio, e que salienta "a forma pacífica e ordeira como decorreram as operações eleitorais, bem como a observância generalizada dos procedimentos legais".

Para esta missão de observadores, "a participação massiva e pacífica dos eleitores guineenses constitui um elemento que reforça a legitimidade do processo eleitoral".

Os observadores constataram, segundo o comunicado preliminar, que nas 26 mesas de voto visitadas em diferentes pontos do país "foram respeitados os procedimentos legais na sua instalação, na abertura e no decurso da votação".

As eleições gerais de domingo na Guiné-Bissau foram ainda acompanhadas por missões da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA).

A apresentação das conclusões preliminares destas duas organizações está marcada, também, para hoje, em Bissau.

Os resultados provisórios das eleições deverão ser divulgados até 27 de novembro, quinta-feira, segundo anunciou no domingo a CNE.

 

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