A missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) concluiu que as eleições no Equador aconteceram "de forma transparente e sem irregularidades generalizadas que pudessem pôr em causa a validade dos resultados".
Num relatório preliminar divulgado na terça-feira, a missão reiterou que os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador "estão em linha com os dados recolhidos" pelos observadores da OEA durante a votação.
O relatório surgiu horas depois de o atual presidente e recandidato, Daniel Noboa, ter dito que a recontagem em várias províncias do país revelou "coisas que não batem certo" e que contradizem os resultados preliminares apurados pela OEA, que lhe atribuiu "um número superior" de votos em relação à contagem oficial.
Noboa denunciou "muitas irregularidades" na votação e resultados da primeira volta das eleições presidenciais, realizada no domingo, que ditou a disputa de segunda volta com a candidata da oposição Luisa González.
Questionado sobre se, neste cenário, reconhece o resultado das eleições, o chefe de Estado evitou comentar, preferindo agradecer o apoio dos cidadãos à sua candidatura e manifestar a sua intenção de tentar convencer os dois milhões de equatorianos que se abstiveram.
União Europeia também garante legalidade
Também na terça-feira, a missão de observação eleitoral da União Europeia (UE) para o Equador afastou a existência de fraude nas eleições gerais, em resposta a acusações, feitas inicialmente por González e, após os resultados, por Noboa.
O chefe da missão, o eurodeputado espanhol Gabriel Mato, destacou, numa conferência em Quito para apresentar um relatório preliminar, que as eleições no Equador foram "transparentes, bem organizadas e pacíficas".
A primeira volta das eleições presidenciais decorreu domingo e Noboa venceu por uma margem de apenas 0,2% - pouco mais de 20 mil votos - contra González, que, no entanto, defendeu nas redes sociais que foi a mais votada nas urnas.
A segunda volta está agendada para 13 de abril.