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OEA condena assassínio de candidato presidencial no Equador

por Lusa

A Organização dos Estados Americanos (OEA) condenou o assassínio, na noite de quarta-feira, do candidato às eleições presidenciais do Equador Fernando Villavicencio e anunciou que membros da missão de observação eleitoral do organismo chegam hoje ao país.

Os membros da missão da OEA vão para o Equador "com o objetivo de colaborar com as autoridades e a sociedade civil na preservação de um ambiente seguro e democrático" durante as eleições, marcadas para o dia 20 de agosto, explicou a organização num comunicado.

O atentado contra o jornalista e deputado Fernando Villavicencio ocorreu num comício realizado, na quarta-feira, numa zona central e movimentada de Quito, onde um atirador desconhecido disparou contra o candidato presidencial do Equador.

Pelo menos nove pessoas ficaram feridas no atentado que matou Villavicencio, no qual morreu também o suspeito do ataque após um tiroteio com os seguranças, segundo as autoridades equatorianas que deram também conta da detenção de seis pessoas.

A OEA enviou condolências à família de Villavicencio e pediu às autoridades locais que façam uma investigação exaustiva sobre o crime.

A organização americana também exortou todos os candidatos às eleições presidenciais para que "reforcem as suas medidas de segurança".

"A segurança dos candidatos é essencial para manter a confiança no sistema democrático e garantir que a voz de todos os cidadãos seja ouvida livremente e sem medo", defendeu.

Em 24 de julho, a OEA e o Conselho Nacional Eleitoral do Equador assinaram um protocolo para o envio de uma missão de observação eleitoral da organização americana às eleições de 20 de agosto.

À frente da missão de observação da OEA está a ex-vice-Presidente e ex-chanceler do Panamá, Isabel de Saint Malo.

Hoje, após o assassínio de Fernando Villavicencio, será realizada uma sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA, na sede da instituição, em Washington.

O Governo espanhol também condenou o assassínio de Fernando Villavicencio, num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) do país.

Na nota, o Executivo espanhol diz que apoia a democracia, o processo eleitoral e as autoridades equatorianas para que "esta trágica morte seja investigada e os culpados julgados" pela justiça.

O líder do Partido Popular (PP) de Espanha, Alberto Núñez Feijóo, apresentou hoje as suas condolências ao povo equatoriano e ao seu Presidente, Guillermo Lasso, pelo assassínio de Fernando Villavicencio.

"A democracia deve prevalecer sobre a infâmia de ontem", afirmou Feijóo, referindo-se ao homicídio do candidato presidencial, na rede social X (anteriormente Twitter).

A França classificou hoje o assassínio de Fernando Villavicencio como um "ato bárbaro".

"O assassínio de Fernando Villavicencio, ocorrido em 09 de agosto no Equador, é um ato bárbaro e um atentado à democracia que condenamos com a maior veemência", declarou uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de França.

A porta-voz do MNE francês lembrou que o ex-deputado e jornalista ficou conhecido pelo trabalho investigativo que realizou em casos de corrupção e também apresentou condolências aos familiares do candidato presidencial.

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