Num vídeo publicado no Telegram, este sábado, o presidente ucraniano garante que a região do “Donbass está a resistir” à ofensiva russa.
“Lembram-se de como, no início de maio, a Rússia esperava conquistar todo o Donbass? Já estamos no 108º dia de guerra. Donbass está a resistir”, diz Volodymyr Zelensky.
Zelensky afirma que os ocupantes estão a sofrer várias perdas, nomeadamente na região do Donbass, e confirma a morte de 32 mil soldados russos. “Com que propósito? O que é que isto deu à Rússia?”, questiona o presidente ucraniano.
“Temos de fazer tudo para que os invasores se arrependam por tudo isto ter acontecido e temos de torná-los responsáveis por cada assassinato e por cada golpe na Ucrânia”, diz Zelensky.
Os enviados especiais da RTP à Ucrânia passaram os últimos dias a sul de Zaporhizhya.
A cidade de Orikhiv está a 11 quilómetros de uma das linhas de combate. Mais de 90 por cento da população fugiu, mas a RTP encontrou quem ficasse.
Em visita a Kiev, este sábado, a presidente da Comissão Europeia anunciou que Bruxelas apresentará um parecer sobre a candidatura da Ucrânia à UE na próxima semana.
O anúncio de Ursula von der Leyen não responde, porém, à emergência da Ucrânia, que pede imediatismo e uma aceleração do processo. Von der Leyen alertou mesmo Volodymyr Zelensky que o processo de adesão ao bloco europeu pode durar décadas.
Na próxima semana, a Ucrânia vai ter uma resposta ao pedido de adesão à União Europeia. A promessa foi feita pela presidente da Comissão Europeia que reuniu em Kiev com o governo ucraniano.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, vai viajar até à capital ucraniana com o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro italiano, Mário Draghi, antes da cimeira do G7 no final de junho, informou o jornal alemão Bild am Sonntag este sábado.
O jornal cita fontes do governo francês e ucraniano.
De acordo com o governador da região de Lugansk, no leste da Ucrânia, bombardeamentos das forças russas contra a fábrica de químicos Azot, em Severodonetsk, provocaram uma fuga de toneladas de material combustível, o que gerou um incêndio de grandes dimensões.
Serhiy Gaidai não esclareceu se o incêndio naquele complexo fabril, que abriga centenas de civis, foi entretanto apagado.
17h20 - Deputada ucraniana condiciona previsão para o fim da guerra ao volume do apoio ocidental
Num vídeo publicado na rede social Twitter, Kira Rudik, deputada e líder do Golos, partido liberal na oposição em Kiev, relembra a última reunião do Fórum Económico Mundial de Davos, que se realizou em maio.
The #WEF was indeed pro-Ukrainian. #Ukraine has never been in the spotlight there, but due to unpleasant circumstances this time it was. I was asked a lot about when the war would end. And I have answered that it will depend on international support.#StandWithUkraine pic.twitter.com/mLgeYwJ4sN
— Kira Rudik (@kiraincongress) June 11, 2022
"O WEF (Fórum Económico Mundial, na sigla em inglês) foi de facto pró-ucraniano. A Ucrânia nunca esteve no centro das atenções ali, mas, devido às circunstâncias desagradáveis, desta vez esteve. Fizeram-me muitas perguntas sobre quando é que a guerra acabaria. E eu respondi que isso dependerá do apoio internacional", lê-se no tweet da deputada.
16h42 - Biden afirmou que Zelensky desvalorizou alertas dos EUA
O presidente norte-americano disse ontem que Volodymyr Zelenky desvalorizou os alertas dos Estados Unidos para uma invasão russa do seu país.
"Muitas pessoas pensaram que eu estava a exagerar", declarou Joe Biden numa receção em Los Angeles destinada a arrecadar fundos para o Partido Democrático.
"Mas eu sabia que tínhamos informações nesse sentido. [O presidente russo Vladimir Putin] ia cruzar a fronteira. Não havia dúvidas e Zelensky não quis ouvir", acrescentou.
A Administração Biden começou a alertar sobre os preparativos para uma invasão da Ucrânia muito antes de o presidente russo anunciar, na madrugada de 24 de fevereiro, uma "operação militar especial".
Como reagiram os ucranianos?
Sergei Nikiforov, porta-voz da Presidência ucraniana, veio já este sábado reagir às palavras do presidente dos Estados Unidos, afirmando que o próprio Zelensky pediu sanções preventivas contra a Rússia antes da invasão em larga escala, apelo que os parceiros da Ucrânia "não quiseram ouvir".
Segundo Nikiforov, o presidente ucraniano teve três ou quatro conversas telefónicas com Joe Biden antes da eclosão da guerra, durante as quais foram trocadas perspetivas e avaliações detalhadas: "Por isso, a frase não quis ouvir precisa provavelmente de clarificação".
Por seu turno, Mykhailo Podolia, conselheiro de Zelensky, veio afiançar que Kiev estava a par dos planos bélicos de Moscovo. A questão prendia-se com a escala da invasão. O presidente ucraniano, frisou, estava atento aos avisos. Todavia, a escala da ofensiva "chocou muitos países", incluindo "parceiros" da Ucrânia.
16h31 - O descontentamento da Macedónia do Norte
Num momento em que a Comissão Europeia se prepara para apresentar, dentro de dias, o relatório de avaliação do pedido de adesão da Ucrânia à UE, há um outro processo a suscitar polémica. O primeiro-ministro da Macedónia do Norte, Dimitar Kovacevski, veio este sábado lamentar que o dossier de adesão do seu país esteja, nas suas palavras, a ser "feito refém" pela vizinha Bulgária.
"Um Estado-membro da UE", acusou Kovacevski em Skopje, ao lado do chanceler alemão Olaf Scholz, "mantém reféns dois países candidatos, a Macedónia do Norte e a Albânia, no caminho da integração europeia".
O chefe do Executivo da Macedónia do Norte referiu-se assim ao bloqueio búlgaro - que perdura desde novembro de 2020 - à abertura de negociações para a adesão daquele país à União Europeia, por causa de diferendos históricos e linguísticos.
Por sua vez, Olaf Scholz quis garantir que a Alemanha encara com "seriedade a questão da integração na UE de Estados da região".
"Isso aplica-se particularmente à Macedónia do Norte", rematou o chanceler alemão, que está a realizar um périplo pelos Balcãs.
16h19 - Família de britânico condenado à morte faz apelo
O Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros divulgou um comunicado em nome da família de Shaun Pinner, um dos dois cidadãos britânicos condenados à morte na autoproclamada República Popular de Donetsk.
"Em primeiro lugar, toda a nossa família está devastada e triste com o desfecho do julgamento-espetáculo ilegal pela denominada República Popular de Donetsk", atalham os familiares de Pinner.Shaun Pinner foi efetivo do exército britânico. Em 2018 mudou-se para a Ucrânia.
"Como residente ucraniano nos últimos quatro anos e fuzileiro contratado a servir na 36ª Brigada, o que o deixa muito orgulhoso, deveriam ser dados a Shaun todos os direitos de um prisioneiro de guerra de acordo com a Convenção de Genebra, incluindo representação legal independente", prosseguem.
"Esperamos sinceramente que todas partes cooperem urgentemente para assegurar a libertação segura ou troca de Shaun".
"A nossa família, incluindo o seu filho e mulher ucranianos, amam-no e têm muitas saudades dele e os nossos corações estão com todas as famílias envolvidas nesta situação horrível", concluem.
15h56 - Von der Leyen promete resposta ao pedido de adesão da Ucrânia na próxima semana
A correspondente da Antena 1 em Bruxelas, Andrea Neves, resume aqui o desfecho do encontro deste sábado, em Kiev, entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Antena 1
15h40 - Ucrânia e Polónia abordam ajuda militar e sanções à Rússia
O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, adianta, no Twitter, ter conversado com o homóloco polaco, Zbigniew Rau, sobre futuras remessas de armamento para as Forças Armadas da Ucrânia, assim como um próximo pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia.
I had a call with my Polish counterpart and friend @RauZbigniew this morning to discuss next deliveries of heavy weapons to Ukraine and the seventh EU sanctions package on Russia. I also conveyed my support to his important efforts as Chairperson-in-Office of the OSCE.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) June 11, 2022
Adiante, o governante ucraniano diz ter falado também com o homólogo lituano, Gabrielius Landsbergis, sobre o bloqueio das exportações de cereais a partir dos portos do sul da Ucrânia.
Focused call with my Lithuanian colleague and friend @GLandsbergis. We work closely together to solve the problem of unblocking Ukrainian food exports. Lithuania fully understands and shares Ukraine’s security concerns. We need more heavy weapons to protect Odesa from the sea.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) June 11, 2022
15h28 - Até 300 mil toneladas de cereais em armazéns destruídos
Segundo o vice-ministro ucraniano da Agricultura, Taras Vysotskyi, bombardeamentos levados a cabo no passado fim de semana pelas forças russas destruíram armazéns que conteriam até 300 mil toneladas de cereais.
Em declarações emitidas pela televisão estatal da Ucrânia, Vysotskyi indicou que, até ao início da invasão russa, a 24 de fevereiro, os armazéns do porto de Mykolaiv, na costa do Mar Negro, continham entre 250 mil a 300 mil toneladas de trigo e milho.
15h16 - Ponto de situação
- Em visita a Kiev, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, adiantou que, no final da próxima semana, a Comissão Europeia vai apresentar o relatório de avaliação sobre o processo de adesão da Ucrânia à UE. Von der Leyen sublinha que o caminho da adesão é meramente baseado no mérito dos ucranianos.
- Responsáveis ucranianos advertem para a crescente escassez de munições entre as tropas ucranianas envolvidas em intensas batalhas de artilharia com as forças da Rússia. Em declarações citadas pela France Presse, o governador da região de Mykolaiv, Vitaly Kim, diz mesmo que os combates constituem agora uma "guerra de artilharia", acrescentando que o exército russo detém maior poderio.
- A empresa estatal ucraniana Energoatom anunciou ter ajudado a restabelecer a ligação entre a Agência Internacional de Energia Atómica e os servidores da central nuclear de Zaporizhia, ocupada pelas forças russas. Em comunicado, a Energoatom refere que a ligação de internet esteve interrompida entre os dias 30 de maio e 10 de junho.
- Um combatente de nacionalidade sul-coreana vai ser julgado na autoproclamada República Popular de Donetsk, noticiou a agência Interfax, citando Natalia Nikonorova, membro da administração pró-russa. Dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte, em circunstâncias semelhantes, na passada quinta-feira.
- Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, fixou este sábado em dez mil o número de soldados ucranianos mortos na defesa contra a invasão russa, desde o final de fevereiro até ao início de junho. O mesmo conselheiro alegou que as baixas do flanco russo são mais elevadas. O Governo de Kiev calcula-as em mais de 30 mil, ao passo que o Ministério britânico da Defesa aponta para mais de 15 mil.
- As autoridades russas nas áreas ocupadas de Melitopol e Kherson começaram a emitir passaportes russos para ucranianos destas cidades, noticia a agência Tass, sem referir o número de documentos solicitados ou entregues. Recorde-se que Vladimir Putin assinou em maio um decreto que simplica a atribuição de nacionalidade russa a ucranianos das regiões de Zaporizhia e Kherson.
- As autoridades de Montenegro arrestaram 44 propriedades de 34 cidadãos russos já debaixo de sanções impostas pela União Europeia e outros aliados ocidentais. Os cidadãos russos em causa são proprietários ou coproprietários de cerca de 19 mil apartamentos e instalações em Montenegro, a maioria localizada na costa do Adriático.
- O governador de Lugansk garante que a Azot ainda é ucraniana "As informações sobre o bloqueio da fábrica Azot são uma completa mentira espalhada por popagandistas russos", afirmou no Telegram o governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, depois de fonte separatista pró-russa ter alegado que haveria 300 a 400 combatentes ucranianos bloqueados naquele complexo fabril químico de Severodonetsk.
- Em artigo publicado no jornal The Telegraph, o general David Richards, antigo chefe do Estado-Maior britânico, afirma que os ministros e demais responsáveis políticos devem receber treino apropriado e qualificação em capacidades estratégicas. E devem possuir "robustamente a coragem moral para comunicar a verdade ao poder". Richards considera que falta ao Ocidente uma "sincronização de fins, caminhos e meios".
- A Rússia garantiu este sábado que dará uma resposta "proporcional e adequada" a qualquer aumento de forças da Aliança Atlântica na Polónia. "Não podemos e não vamos assistir passivamente ao aumento das forças da NATO na Polónia. Como sempre, a resposta será proporcional e adequada, visando neutralizar potenciais ameaças à segurança da Rússia", afirmou Oleg Tiápkin, diretor do Departamento Europeu do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à agência russa Interfax.
14h52 - Restaurada ligação de internet entre central de Zaporizhia e AIEA
A empresa estatal ucraniana Energoatom anunciou ter ajudado a restabelecer a ligação entre a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) e os servidores da central nuclear de Zaporizhia, atualmente ocupada pelas forças russas.
Em comunicado, citado pela agência Reuters, a Energoatom refere que a ligação de internet esteve interrompida entre os dias 30 de maio e 10 de junho.
A AIEA pode agora retomar a monitorização de dados sobre o controlo de material nuclear naquela estrutura.
14h32 - Forças ucranianas estão a ficar sem munições
Responsáveis ucranianos advertem para a crescente escassez de munições entre as tropas ucranianas envolvidas em intensas batalhas de artilharia com as forças da Rússia.
Em declarações citadas pela France Presse, o governador da região de Mykolaiv, Vitaly Kim, diz mesmo que os combates constituem agora uma "guerra de artilharia", acrescentando que o exército russo detém maior poderio.
Kim instou os aliados ocidentais a acelerarem as entregas de armamento de maior alcance: "A ajuda da Europa e da América é muito, muito importante".
O vice-chefe dos serviços ucranianos de informações militares, Vadym Skibitsky, havia deixado um alerta semelhante, na sexta-feira, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
14h09 - Avaliação do processo de adesão da Ucrânia é conhecida na próxima semana
Ursula Von der Leyen diz que no final da próxima semana a Comissão Europeia vai apresentar o relatório de avaliação sobre o processo de adesão da Ucrânia à União Europeia. Declarações feitas na visita deste sábado a Kiev. Von der Leyen sublinha que o caminho da adesão é meramente baseado no mérito dos ucranianos.
13h37 - RTP na Ucrânia. Visita de Von der Leyen a Kiev "não é totalmente inocente"
"Há aqui uma pressa óbvia, por parte da Ucrânia e principalmente de Volodymyr Zelenky, na integração na União Europeia", sintetizou a enviada especial da RTP Rita Marrafa de Carvalho.
13h06 - Sul-coreano vai ser julgado em Donetsk
Um combatente de nacionalidade sul-coreana vai ser julgado na autoproclamada República Popular de Donetsk, noticia a agência Interfax, citando Natalia Nikonorova, membro da administração pró-russa.
"Está agora a ser preparado um veredicto para um mercenário da Coreia do Sul. Ele é um cidadão que combateu pelas Forças Armadas da Ucrânia", adiantou a responsável, sem identificar o combatente em causa.
Dois britânicos e um marroquino foram condenados à morte, em circunstâncias semelhantes, na passada quinta-feira.
12h45 - Ucrânia diz ter sofrido dez mil baixas militares
Oleksiy Arestovych, conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, fixou este sábado em dez mil o número de soldados ucranianos mortos na defesa contra a invasão russa, desde o final de fevereiro até ao início de junho.
O mesmo conselheiro alegou que as baixas do flanco russo são mais elevadas. O Governo de Kiev calcula-as em mais de 30 mil, ao passo que o Ministério britânico da Defesa aponta para mais de 15 mil.
É preciso recuar ao dia 25 de março para encontrar o último balanço oficial de Moscovo: 1.351 soldados e oficiais abatidos em território ucraniano.
12h40 - Rússia já emita passaportes para ucranianos de Melitopol e Kherson
As autoridades russas nas áreas ocupadas de Melitopol e Kherson começaram a emitir passaportes russos para ucranianos destas cidades, noticia a agência Tass, sem referir o número de documentos solicitados ou entregues.
Recorde-se que o presidente russo, Vladimir Putin, assinou em maio um decreto que simplica a atribuição de nacionalidade russa a ucranianos das regiões de Zaporizhia e Kherson.
"A emissão ilegal de passaportes é uma violação flagrante da integridade territorial e da soberania da Ucrânia, assim como de normas e princípios do direito internacional humanitário", reagiu Kiev.
12h36 - Montenegro arresta propriedades de 34 russos
As autoridades de Montenegro arrestaram 44 propriedades de 34 cidadãos russos já debaixo de sanções impostas pela União Europeia e outros aliados ocidentais.
"A Administração de Cadastro e Propriedade do Estado tomou decisões que restringem a disposição de 44 propriedades em Montenegro a 34 cidadãos russos aos quais foram impostas sanções", adianta o Ministério montenegrino do Interior, em nota citada pelos media locais.O comunicado lembra que Montenegro, país candidato à adesão à União Europeia, alinhou a política externa e de segurança na íntegra com a UE.
Os cidadãos russos em causa são proprietários ou coproprietários de cerca de 19 mil apartamentos e instalações em Montenegro, a maioria localizada na costa do Adriático.
11h51 - Governador de Lugansk garante que Azot ainda é ucraniana
"As informações sobre o bloqueio da fábrica Azot são uma completa mentira espalhada por popagandistas russos", afirma na plataforma Telegram o governador da região de Lugansk, Serhiy Gaidai, depois de fonte separatista pró-russa ter alegado que haveria 300 a 400 combatentes ucranianos bloqueados naquele complexo fabril químico de Severodonetsk.
"As nossas forças estão a aguentar a zona industrial de Severodonetsk e a destruir o exército russo na cidade", alega Gaidai.
O número de civis, incluindo crianças, abrigadas sob a fábrica química Azot aproxima-se dos 800, segundo as agências internacionais.
A completa captura de Severodonetsk daria às tropas russas o controlo sobre a totalidade do território de Lugansk.
11h40 - Encontro "produtivo" entre ministros da Defesa
O ministro ucraniano da Defesa, Oleksii Reznikov, diz ter mantido este sábado com o homólogo britânico, Ben Wallace, "uma discussão produtiva e franca" sobre o apoio militar de Londres a Kiev.
I was pleased to meet with our great friend @BWallaceMP. We had a productive and frank discussion today. Thank you for the UK’s ironclad support to 🇺🇦. We will never give up!
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) June 11, 2022
BTW Ben Wallace was presented with a symbolic NLAW t-shirt from #AviatsiyaHalychyny pic.twitter.com/9QiknKverS
"Jamais desistiremos!", escreve Reznikov na rede social Twitter.
11h32 - O relato de um paramédico português no exército ucraniano
Recuperamos aqui a reportagem dos enviados especiais da RTP à Ucrânia, Rita Marrafa de Carvalho e João Oliveira, ontem emitida no Telejornal. Um médico socorrista português, voluntário no exército ucraniano, conta como tem sido a vida debaixo de fogo na região de Zaporizhia.
11h24 - Estratégia ocidental para a Ucrânia debaixo de críticas
Em artigo publicado no jornal The Telegraph, o general David Richards, antigo chefe do Estado-Maior britânico, afirma que os ministros e demais responsáveis políticos devem receber treino apropriado e qualificação em capacidades estratégicas. E devem possuir "robustamente a coragem moral para comunicar a verdade ao poder".
Richards considera que falta ao Ocidente uma "sincronização de fins, caminhos e meios": "É uma estratégia de vamos ver como corre, por outras palavras não é de todo uma estratégia. Há ainda uma vaga ideia em Londres, Washington ou noutros lados sobre como nós queremos que a guerra se desenrole, ou que tipo de Rússia queremos moldar, especialmente na questão vital de longo prazo das relações com a China".
11h13 - Rússia promete resposta proporcional a reforço da NATO na Polónia
A Rússia garantiu este sábado que dará uma resposta "proporcional e adequada" ao aumento de forças da Aliança Atlântica na Polónia.
"Não podemos e não vamos assistir passivamente ao aumento das forças da NATO na Polónia. Como sempre, a resposta será proporcional e adequada, visando neutralizar potenciais ameaças à segurança da Rússia", afirmou Oleg Tiápkin, diretor do Departamento Europeu do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à agência russa Interfax.
Ainda segundo Tiápkin, as relações entre a Rússia e a Polónia "nunca foram tão tensas". O responsável acusa mesmo a Polónia de ser "promotora furiosa de cruéis pressões sancionatórias contra a Rússia".
10h54 - "É nos campos de batalha da Ucrânia que estão a ser decididas as futuras regras deste mundo"
Numa intervenção, por videoconferência, para a cimeira de segurança da região da Ásia-Pacífico - Diálogo Shangri-la -, o presidente ucraniano sustentou que o desfecho da invasão russa do seu país terá impacto sobre toda a ordem internacional.
Volodymyr Zelensky acrescentou que as tropas ucranianas estão a procurar defender-se de intensos ataques russos no leste do país, em particular na cidade de Severodonetsk.
Zelensky voltou ainda a apelar a mais apoio do Ocidente em armamento.
O presidente ucraniano falou também do bloqueio às exportações de cereais a partir do sul do país. "O mundo vai enfrentar uma crise alimentar aguda e severa e fome em muitos países da Ásia e de África", advertiu.
10h21 - Ursula von der Leyen em Kiev
A presidente da Comissão Europeia conta encontrar-se, nas próximas horas, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem vai abordar o dossier da candidatura do país à UE.
🇺🇦 Good to be back in Kyiv.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) June 11, 2022
With President @ZelenskyyUa I will take stock of the joint work needed for reconstruction and of the progress made by Ukraine on its European path.
Європа з вами! pic.twitter.com/JqtXvgamkV
Neste capítulo, adianta Von der Leyen no Twitter, será também discutida a reconstrução da Ucrânia.
9h59 - Pró-russos negoceiam com ucranianos saída de civis da Azot
Os separatistas pró-russos da autoproclamada República Popular de Lugansk, no Donbass, afiançam estar a negociar a saída dos civis bloqueados na fábrica de produtos químicos Azot, em Severodonetsk, com os militares ucranianos que ali se mantêm.
"Estabelecemos contacto com os combatentes, estamos a negociar a saída segura de civis do território da fábrica", afirmou o "embaixador" na Rússia da região separatista, Rodion Miroshnik, na plataforma de mensagens Telegram.
Segundo o pró-russo, estão atualmente bloqueados na fábrica "entre 300 e 400 combatentes ucranianos".
Na sexta-feira, Miroshnik afirmara que "um reduzido grupo de formações ucranianas no território da empresa química Azot" já não podia "deixar as suas instalações".
"Todas as rotas de fuga estão cortadas", enfatizou.
9h53 - Rússia reivindica abate de aviões ucranianos
A Força Aérea russa terá abatido mais três caças ucranianos, segundo o Ministério da Defesa da Rússia. Dois destes aviões - MIG-29 - foram atingidos na região de Mykolaiv. Um Su-25 foi abatido sobre a região de Kharkiv.
9h27 - Obama diz que guerra na Ucrânia está longe de terminar
Barack Obama considera que a Guerra na Ucrânia está longe de terminar. Numa intervenção no Fórum da Democracia, na Dinamarca, o ex-presidente dos Estados Unidos pediu à Comunidade Internacional que continue a apoiar a causa ucraniana, de forma sólida e sustentada.
O presidente da Sérvia não acredita que as sanções contra a Rússia sejam eficazes. E explica que é por isso que o país não vai seguir a decisão da União Europeia.
O Chanceler da Alemanha pediu à Sérvia para aderir às sanções aplicada pela União Europeia à Rússia. Disse-o na conferência de imprensa depois de se ter reunido com o presidente sérvio. Olaf Scholz sublinha que os estados que querem ser membros da União Europeia devem seguir as ações dos restantes países.
A ofensiva russa no Donbass continua a intensificar-se. O conselheiro do presidente da Ucrânia afirmou que entre 100 e 200 ucranianos morrem todos os dias nas linhas de frente. Por outro lado, a autoproclamada República Popular de Donetsk garante que o exército ucraniano bombardeou intensamente aquela região do leste do país. A televisão estatal russa também mostrou imagens de edifícios residenciais destruídos pelos bombardeamentos.
Foram igualmente registadas explosões perto de edifícios administrativos, no centro da cidade de Donetsk. Volodymir Zelensky diz que a Rússia pretende destruir toda e qualquer cidade na região do Donbass, e volta a pedir mais apoio militar para poder resistir.
As forças russas que cercaram Severodonetsk, na Ucrânia, não fizeram avanços no sul da cidade na sexta-feira, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido este sábado.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 11 June 2022
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 11, 2022
Find out more about the UK government's response: https://t.co/7sAMSXqHpa
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/0H4JnqeYFy
• Ucrânia pede ao Ocidente mais apoio militar ao Ocidente, com “armas mais rápidas” para enfrentar as forças russas, e mais apoio humanitário para ajudar a combater as doenças que estão a afetar a população ucraniana.
• Em Severodonetsk, no leste da Ucrânia, foram relatados mais combates e avanços das forças de Moscovo. Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, a Rússia está a tentar identificar os pontos fracos na Defesa de Kiev naquela região do país.
• Milhares de pessoas estão a morrer, em Mariupol, com cólera e outras doenças, em consequência dos cadáveres que permanecem na região e não são recolhidos nem devidamente enterrados.
• A ONU alertou, na sexta-feira, para o risco de a fome crónica afetar até 19 milhões de pessoas no próximo ano, com a redução nas exportações de cereais da Ucrânia e da Rússia. Contudo, o Comissário Europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski, assegurou que as exportações da Ucrânia estão a aumentar e a aproximar-se dos dois milhões de toneladas por mês.