Oficial. Trump nomea juíza conservadora Coney Barret para o Supremo

por RTP
Imagem de Amy Coney Barret ainda no tempo de estudante Reuters

A decisão foi confirmada pelo próprio Donald Trump. O Presidente dos EUA, tal como esperado, nomeou a juíza conservadora Amy Coney Barret para o Supremo Tribunal.

Barret vai assumir o lugar de Ruth Bader Ginsburg, uma juíza liberal que morreu esta sexta-feira.

A nomeação promete criar uma enorme discussão na sociedade norte-americana, a pouco tempo de uma eleição presidencial que promete ser dura e que pode até acabar no Supremo.

Com o nome de Amy Coney Barret confirmado, os juizes do Supremo com pendente conservador vão ter uma maioria de 6 contra no mais alto tribunal dos Estados Unidos da América.

Barret é a a terceira escolha de um juiz para o Supremo desde que Donald Trump tomou posse. Foi ele que designou também Neil Gorsuch em 2017 e Brett Kavanaugh já em 2018.

Os nove representates do Supremo são nomeados para servir durante toda a vida. As decisões que saem deste tribunal definem muitas vezes as políticas públicas do país, desde casos relacionados com as armas, ao aborto e até financiamento de campanhas.

Nos últimos anos, este tribunal permitiu os casamentos gay em todos os 50 Estados, permitiu o controlo de entradas no país a muçulmanos e atrasou o plano para a redução das emissões de carbono.

Juíza do Tribunal de Recurso do 7.º Circuito, em Chicago, devota católica que trabalhou com o antigo juiz conservador Antonin Scalia, Barrett mostrou-se "profundamente honrada" pela confiança demonstrada por Trump, numa cerimónia nos jardins da Casa Branca.

Barrett terá feito parte da lista de possíveis nomeados em 2018, quando Trump escolheu Brett Kavanaugh para substituir Anthony Kennedy.

Com 48 anos, caso seja confirmada, Barrett será a juíza mais jovem do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, no qual os nove elementos podem permanecer de forma vitalícia.
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