Omar Bongo, há 38 anos no poder, deve vencer presidenciais de domingo no Gabão
Mais de 500 mil eleitores são chamados às urnas domingo para votar nas presidenciais do Gabão, que deverão ser ganhas pelo actual chefe de Estado, Omar Bongo, o mais antigo dirigente africano, no poder há 38 anos.
Bongo, de 68 anos, assumiu o cargo de chefe de Estado pela primeira vez em 1967, depois da morte do pai da independência do Gabão, Léon M+Ba, tendo instaurado um sistema de Governo de partido único dominado pelo Partido Democrático Gabonês (PDG).
Omar Bongo é o segundo chefe de Estado mais antigo do mundo, tendo apenas à sua frente o Presidente cubano, Fidel Castro, no poder há 46 anos.
O Gabão, antiga colónia francesa, produz cerca de 290.000 barris de petróleo por dia e é a terceira maior reserva da África subsaariana, com 2.500 milhões de barris.
Num continente assolado por guerras, doenças, instabilidade e conflitos militares, o Gabão tem-se caracterizado por manter a estabilidade.
Concorre também a estas presidenciais Pierre Mamboundom, líder da oposição do país, que ficou em segundo lugar nas presidenciais de 1998.
Segundo analistas, a abstenção poderá ser a única adversária do actual chefe de Estado.
"O povo do Gabão já não acredita num sistema político que se tornou totalmente artificial", afirmou o sociólogo Anaclet Bissiélo.
"O risco de se absterem maciçamente do escrutínio de 27 de Novembro não deve ser negligenciado", acrescentou.
Mais de 15.000 elementos das forças de segurança foram destacados para acompanhar o escrutínio.