Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos milhões de pessoas sofrem as consequências, muitas vezes fatais, de erros médicos. As vítimas são sobretudo pessoas de estratos sociais pobres.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, "morrem por minuto cinco pessoas devido a tratamento inadequado".
Um outro responsável da OMS, Neelam
Dhingra-Kumar, comentou que se trata de "um problema global", muitas vezes explicável por uma hierarquia demasiado rígida nos sistemas de saúde, em que médicos ou enfermeiros mais jovens não se atrevem a falar, ou funcionários encobrem erros cometidos acima por recearem represálias.
Ainda segundo o mesmo apuramento da OMS, há todos os anos 2,6 milhões de pessoas que morrem nos 150 países de baixos ou médios rendimentos devido a tratamentos médicos errados.
Os erros médicos abrangem uma gama variada de modalidades possíveis, desde os diagnósticos errados aos medicamentos errados, desde radiações inapropriadas a infecções hospitalares. A esses e outros erros possíveis, acrescem, por exemplo, amputação de um membro quando a indicação era de amputar outro, operação de um hemisfério cerebral quando a indicação era de operar o outro.
O exemplo inverso que se aponta
é o dos hospitais de Medicarenos Estados Unidos, em que se terá poupado
o equivalente a cerca de 25 mil milhões de euros entre 2010 e 2015
devido a melhores controlos de segurança, para evitar os erros. A Alemanha é também apontada como um bom exemplo na prevenção dos erros médicos.