A Organização Mundial da Saúde anunciou que uma vacina para travar o coronavírus poderá estar disponível dentro de 18 meses. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da OMS, considerou este vírus "mais poderoso do que qualquer ataque terrorista" e defendeu ser essencial utilizar "todas as armas disponíveis" para o combater.
“Aproveitar o poder da ciência é fundamental para controlar este surto”, declarou o responsável da OMS esta terça-feira. “Há respostas de que precisamos e ferramentas que temos de desenvolver o mais rapidamente possível”.
Ghebreyesus promoveu uma união a nível global para prevenir “o aparecimento de mais casos e o aumento do preço a pagar” por este surto.
“Se o mundo não quiser acordar para a realidade e considerar este vírus o seu inimigo número um, não acredito que aprendamos com os nossos erros”, continuou. “Ainda estamos a seguir uma estratégia de contenção e não devemos permitir que o vírus tenha a oportunidade de transmissão local”.
A Organização Mundial de Saúde decidiu que a infeção provocada pelo novo coronavírus detetado na China passa a ter o nome oficial de “Covid-19”, de modo a que não remeta para uma localização geográfica específica, um animal ou grupo de pessoas para evitar estigmatizações.
"If we invest now in rational and evidence-based interventions, we have a realistic chance of stopping the #COVID19 outbreak.
— World Health Organization (WHO) (@WHO) February 11, 2020
If we don’t, we could have far more cases – and far higher costs – on our hands"-@DrTedros
Cientistas, investigadores e peritos de saúde pública estão a partir desta terça-feira em Genebra, Suíça, num fórum de dois dias convocado pela OMS para debater formas de controlar e lidar com o surto.
“A OMS está a desempenhar um papel de coordenação, reunindo a comunidade científica para identificar prioridades de pesquisa e acelerar o progresso”, adiantou a organização.
Vacinas começam a ser testadas
São vários os cientistas e investigadores em busca de uma vacina que possa combater o coronavírus. China, Estados Unidos, Austrália e países europeus são alguns dos que procuram o fármaco apropriado, sendo que esta terça-feira investigadores britânicos anunciaram o início de testes de uma nova vacina em ratos.
“Acabámos de injetar em ratos a vacina que gerámos a partir de bactérias e esperamos, nas próximas semanas, poder determinar qual a reação nos ratos, no seu sangue, a sua resposta em termos de anticorpos contra o coronavírus”, confirmou um dos investigadores à agência France-Presse.
O novo coronavírus detetado na China já provocou mais de 43 mil infetados e mais de mil mortos, sendo que apenas uma das vítimas mortais ocorreu fora da China, nas Filipinas.
