Onde se recorre mais à greve na Europa

por Mário Aleixo - RTP
Muitas vezes as greves redundam em atos de violência Alejandro Garcia-Epa

A onda de greves em França trouxe para a atualidade esse direito usado pelos trabalhadores para reivindicar os seus direitos. Na Europa, Portugal é dos países onde menos se recorre à greve.

França está a braços com uma das maiores vagas de contestação social. Desde a greve geral de 19 de janeiro que se multiplicam as paralisações e manifestações em resposta ao plano do governo para reformar o sistema de pensões. Uma das medidas propostas é o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos até 2030. 

Portugal também tem sido palco de greves, nomeadamente na área da Educação. Paralisações regionais que começaram no dia 16 de janeiro. Os professores protestam contra a desvalorização profissional.
Países europeus onde há mais greves
O número de dias de trabalho usados em greves oscila muito de ano para ano. 

De acordo com o Instituto Sindical Europeu, o top de países com mais greves não tem sido constante nos últimos 20 anos.

Entre 2000 e 2009, Espanha registou a mais elevada média anual de dias de protesto - 153 por mil empregados. Seguiu-se a França, com uma média de 127. A Dinamarca (105 dias) ficou em terceiro lugar.

No fundo da tabela está Portugal, a par da Alemanha, com apenas 13 dias de paralisação a cada ano. Estados como os Países Baixos, a Suíça e a Polónia usaram menos de dez dias em greves.

As greves têm um papel histórico enquanto direito social na Europa. Acontecem por todo o continente, geralmente para reivindicar melhores salários e condições laborais.


c/agências
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