ONG propõem plano contra a desflorestação da Amazónia
Organizações não-governamentais (ONG) de defesa do ambiente propuseram hoje ao governo brasileiro um pacto que visa terminar, em sete anos, com a desflorestação da floresta amazónica, a mais importante do mundo.
"Este pacto propõem terminar com as desarborizações até 2015, com a adopção de objectivos de redução", segundo o texto remetido à ministra brasileira do Ambiente, Marina Silva.
"A diversidade local e o clima do planeta não suportam as taxas actuais de desflorestação", declarou à agência AFP Paulo Adario, coordenador da Greenpeace, uma das nove ONG brasileiras e internacionais que propõem este pacto subscrito também pela WWF e pela Nature Conservancy.
Entre Agosto de 2003 e Julho de 2004, 27.429 km2 de floresta amazónica foram destruídos, um triste recorde, segundo as autoridades.
As ONG pedem o fim total desta desflorestação e sugerem criar um fundo que disporia de cerca de quinhentos mil dólares por ano, durante sete anos, financiado em 76 por cento pelo governo brasileiro. Além do combate contra a desflorestação, estes recursos serviriam para preservar as condições de vida dos habitantes da floresta amazónica.
O pacto prevê também a pesquisa de financiamentos externos, principalmente através de créditos de carbono.
O governador do estado de Mato Grosso, Blairo Maggi, ele próprio cultivador de soja, assegurou que o estado amazónico está prestes a contribuir para o plano.
O Brasil é o quarto maior emissor de gás a efeito de estufa, 75 por cento do qual é libertado pelas queimas de florestas.