Mundo
ONU regista mais de um milhão de refugiados da Síria
"Com um milhão de pessoas em fuga, milhões de deslocados no interior do país e milhares de pessoas a atravessar todos os dias as fronteiras, a Síria entrou na espiral da catástrofe absoluta". A frase é de António Guterres, Alto Comissário da ONU para os Refugiados, e inclui-se num comunicado da organização emitido a partir da sede, em Genebra. O comunicado relata que a fasquia do milhão de refugiados foi ultrapassada, após dois anos de conflito civil. Quase metade dos refugiados são crianças, a maioria menores de 11 anos, acrescenta o texto.
O número de refugiados aumentou " de forma dramática" desde o início do ano de 2013. Mais de 400 mil refugiados sírios foram registados desde dia um de janeiro, precisa o Alto Comissário.
Os números divulgados esta quarta-feira baseiam-se nos relatórios dos vários campos montados nos países vizinhos da Síria. A revolta na Síria contra o Presidente Bashar al-Assad iniciou-se há dois anos, em março de 2011, e degenerou em guerra civil. De acordo com estimativas das Nações Unidas, mais de 70 mil pessoas morreram no conflito, a maioria civis.
Um número crescente dos 21 milhões de habitantes da Síria foge dos combates entre as forças revoltosas e o exército regular, abandonando as suas casas.
Milhões de sírios estarão deslocados no próprio país e quase inacessíveis ao auxílio internacional.
Mais de um milhão atravessou as fronteiras. Uma pequena parte seguiu para o norte de África, em particular o Egipto, e para a Europa. A maioria instalou-se em campos da ONU erguidos na Turquia, na Jordânia, no Líbano e no Iraque.
"Estão traumatizados, sem nada e tendo perdido membros das suas famílias", afirma Guterres, acrescentando que as expetativas da organização quanto ao número de refugiados até junho de 2013, cerca de 1,1 milhões, vão ser revistas em alta.
"Deter a tragédia"
"Estes países devem ser saudados pelo seu compromisso de manterem as fronteiras abertas para os refugiados sírios e devem ser também massivamente apoiados", apela o responsável da ONU para os refugiados, sublinhando que o impacto deste afluxo está a ser "severo".
A população libanesa aumentou dez por cento e os fornecimentos de energia, de água, de saúde e de educação da Jordânia estão a ser usados ao máximo. A Turquia já investiu 600 milhões de dólares para instalar 17 campos de acolhimento e outros estão a ser construídos, revela ainda a Agência da ONU. O Iraque, apesar das próprias dificuldades, acolheu mais de 100 mil sírios.
O financiamento da ajuda aos refugiados foi até agora assegurado apenas a 25 por cento, sublinha o ACNUR. "Fazemos o que podemos para ajudar mas a resposta humanitária está a atingir perigosamente os seus limites. Tem de se deter esta tragédia," considerou ainda António Guterres que este fim de semana se desloca à Turquia, Jordânia e Líbano. Esta quarta-feira estará em Londres.
Os números divulgados esta quarta-feira baseiam-se nos relatórios dos vários campos montados nos países vizinhos da Síria. A revolta na Síria contra o Presidente Bashar al-Assad iniciou-se há dois anos, em março de 2011, e degenerou em guerra civil. De acordo com estimativas das Nações Unidas, mais de 70 mil pessoas morreram no conflito, a maioria civis.
Um número crescente dos 21 milhões de habitantes da Síria foge dos combates entre as forças revoltosas e o exército regular, abandonando as suas casas.
Milhões de sírios estarão deslocados no próprio país e quase inacessíveis ao auxílio internacional.
Mais de um milhão atravessou as fronteiras. Uma pequena parte seguiu para o norte de África, em particular o Egipto, e para a Europa. A maioria instalou-se em campos da ONU erguidos na Turquia, na Jordânia, no Líbano e no Iraque.
"Estão traumatizados, sem nada e tendo perdido membros das suas famílias", afirma Guterres, acrescentando que as expetativas da organização quanto ao número de refugiados até junho de 2013, cerca de 1,1 milhões, vão ser revistas em alta.
"Deter a tragédia"
"Estes países devem ser saudados pelo seu compromisso de manterem as fronteiras abertas para os refugiados sírios e devem ser também massivamente apoiados", apela o responsável da ONU para os refugiados, sublinhando que o impacto deste afluxo está a ser "severo".
A população libanesa aumentou dez por cento e os fornecimentos de energia, de água, de saúde e de educação da Jordânia estão a ser usados ao máximo. A Turquia já investiu 600 milhões de dólares para instalar 17 campos de acolhimento e outros estão a ser construídos, revela ainda a Agência da ONU. O Iraque, apesar das próprias dificuldades, acolheu mais de 100 mil sírios.
O financiamento da ajuda aos refugiados foi até agora assegurado apenas a 25 por cento, sublinha o ACNUR. "Fazemos o que podemos para ajudar mas a resposta humanitária está a atingir perigosamente os seus limites. Tem de se deter esta tragédia," considerou ainda António Guterres que este fim de semana se desloca à Turquia, Jordânia e Líbano. Esta quarta-feira estará em Londres.