Onze mortos em Nablus. Conflito entre israelitas e palestinianos em nova escalada

por Inês Moreira dos Santos - RTP
Reuters

Na noite de quarta-feira, foram lançados a partir da Faixa de Gaza seis "rockets" contra o território israelita, em reação ao ataque de terça-feira, por parte das forças do Estado hebraico, em Nablus, na Cisjordânia, onde morreram pelo menos 11 pessoas e dezenas ficaram feridas.

As forças militares israelitas mataram mais de uma dezena de palestinianos e feriram dezenas de pessoas durante um ataque na Cisjordânia, na quarta-feira, segundo as autoridades de saúde palestinianas.

A incursão das forças israelitas em Nablus deu lugar a confrontos com militantes armados palestinianos.

Os militares israelitas confirmaram, num comunicado, ter matado “três suspeitos que estavam envolvidos em ataques armados e planeavam ataques para o futuro imediato”, durante a "operação antiterrorista". O balanço mais recente das agências internacionais indica que há 11 mortos e 82 feridos. O exército israelita não comentou, contudo, os números e diz não ter informações imediatas sobre a operação.

O ministro palestiniano dos Assuntos Civis, Hussein al-Sheikh, denunciou a incursão como um massacre e exortou a comunidade internacional a “intervir imediatamente”, em mensagem publicada no Twitter.

"Um ato criminoso bárbaro, planeado e premeditado cometido pela ocupação hoje na cidade de Nablus", escreveu, acrescentando que a liderança palestiniana estava a considerar "seriamente tomar medidas a todos os níveis em resposta a este ato bárbaro".


Em reação, as forças palestinianas dispararam seis rockets da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel, segundo militares israelitas, embora os ataques não tenham sido de imediato reivindicados.

De acordo com as forças israelitas, foram intercetados cinco dos projéteis disparados contra as cidades de Ashkelon e Sderot, tendo um deles caído em campo aberto. Não houve, no entanto, relatos de danos ou baixas.

As Forças de Segurança de Israel admitem estar em alerta máximo, depois de o Hamas, no poder em Gaza, ter afirmado que a paciência estava "a esgotar-se" e de a Jihad Islâmica ter prometido retaliar.

Recorde-se que há cerca de um ano que as forças israelitas conduzem o que denominam de “operações antiterroristas” em busca de suspeitos no norte da Cisjordânia, particularmente em Nablus e Jenin, bastiões dos grupos armados palestinianos.

A última grande operação israelita na cidade de Nablus realizara-se em outubro de 2022, quando cinco palestinianos foram mortos num ataque contra o grupo armado Areen al-Oussoud, que tem sede na cidade.

c/ agências
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