Orbán anuncia "consequências legais" para quem participar na Marcha do Orgulho de Budapeste

Enquanto o presidente da Câmara de Budapeste e os organizadores do evento mantém a realização da Marcha do Orgulho para este sábado, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán adverte que serão aplicadas "consequências legais" para quem organizasse ou participasse no evento.

Rachel Mestre Mesquita - RTP /
Marton Monus - Reuters

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou esta sexta-feira "consequências legais" para quem organizasse ou participasse na Marcha do Orgulho de Budapeste, na Hungria, prevista para este sábado, na sequência da proibição imposta pelas autoridades.

Questionado sobre se a intervenção da polícia, Viktor Orbán afirmou que as autoridades poderiam vir a dispersar um evento proibido mas que a Hungria era "um país civilizado" e que a missão da polícia era convencer as pessoas a cumprir a lei. 

"Somos adultos e recomendo que todos decidam o que querem, cumpram as regras (...) e, se não o fizerem, devem enfrentar as consequências legais claras", disse Orbán à rádio estatal húngara. 

Por seu lado, o presidente da Câmara de Budapeste, Gergely Karácsony, garantiu que a capital húngara celebrará a sua tradicional Marcha do Orgulho no âmbito da Festa da Liberdade, contrariando a interdição decretada pelas autoridades. "A liberdade e o amor não podem ser proibidos", escreveu o autarca na rede social X.  


Na quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apelou às autoridades húngaras que permitissem a realização da Marcha do Orgulho de Budapeste, um pedido recusado por Viktor Orbán que considerou que a União Europeia "deve abster-se de interferir nos assuntos de aplicação da lei dos Estados-Membros". 
PUB