Mundo
Orgulho de Pyongyang. Coreia do Norte testou míssil que pode atingir os EUA
O regime da Coreia do Norte manifestou orgulho por ser um dos poucos países do mundo a usar armas nucleares e mísseis balísticos e o único que enfrenta os Estados Unidos, "agitando o mundo" com testes nucleares.
A tensão internacional tem aumentado após uma série de recentes testes de mísseis balísticos norte-coreanos. Em janeiro foram registados pelo menos sete lançamentos, incluindo um novo míssil hipersónico capaz de atuar em alta velocidade. As Nações Unidas alertaram que o país continua a desenvolver programas nucleares e mísseis balísticos, incluindo a capacidade de produzir materiais físseis nucleares, numa clara violação das resoluções do Conselho de Segurança.
Entre os testes esteve o primeiro disparo desde 2017 de míssil de alcance intermédio Hwasong-12, capaz de atingir territórios dos EUA no Oceano Pacífico.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte afirmou, em comunicado, que a série de testes desde o início do ano representou “conquistas notáveis” que fortaleceram a “dissuasão da guerra” no país.
O documento cita também o Hwasong-15, o míssil balístico intercontinental de maior alcance (ICBM), já lançado por Pyongyang, que não foi disparado desde o seu primeiro teste em 2017, e que está confiante que tenha “alcance para lançar uma ogiva nuclear em qualquer lugar dos Estados Unidos”.
“No mundo de hoje, onde muitos países perdem tempo lidando com os Estados Unidos com submissão e obediência cega, apenas o nosso país pode abalar o mundo disparando um míssil que tem o continente americano ao seu alcance”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang recordou que “existem mais de 200 países no mundo, mas apenas alguns têm bombas de hidrogénio, mísseis balísticos intercontinentais e mísseis hipersónicos”. EUA pedem regresso ao diálogo
O Departamento de Estado dos Estados Unidos insiste que não nutre nenhuma intenção hostil em relação à Coreia do Norte e apela a um novo regresso ao diálogo, apelos que Pyongyang tem ignorado.
Em declarações à CNN, um porta-voz do Departamento do Estado afirmou que a Coreia do Norte representa uma ameaça à paz e segurança internacional.
“Os Estados Unidos têm um interesse vital em dissuadir a Coreia do Norte, defender as suas provocações ou utilização de força, limitar o alcance dos seus programas de armas mais perigosos e, acima de tudo, manter o povo norte-americano, as nossas forças destacadas e os nossos aliados seguros”, afirmou.
Para Jenny Town, diretora do 38 North, um programa norte-coreano com sede em Washington, o facto de e declaração vir do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte torna, provavelmente, menos ameaçadora do que poderia parecer. “A formulação é muito passiva”.
Na passada terça-feira a Coreia do Norte comemorou o aniversário da sua fundação, um feriado que em anos anteriores contou com grandes desfiles militares.
Segundo os órgãos de comunicação locais, este ano não houve desfiles militares e a data foi celebrada com a visita ao mausóleo dos ex-governadores do país.
As autoridades norte-americanas e sul-coreanas temem que o lançamento do Hwasong-12, a 30 de janeiro, possa ser um passo para retomar os testes de mísseis balísticos intercontinentais ou armas nucleares do regime de Kim Jong-un.
Washington pediu a Pyongyang que retire o financiamento dos seus programas nucleares e de misseis balísticos e dê prioridade à sua população.
As negociações para persuadir a Coreia do Norte a desistir ou limitar o seu arsenal em troca de alívio das sanções estão paralisadas desde 2019.
Entre os testes esteve o primeiro disparo desde 2017 de míssil de alcance intermédio Hwasong-12, capaz de atingir territórios dos EUA no Oceano Pacífico.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte afirmou, em comunicado, que a série de testes desde o início do ano representou “conquistas notáveis” que fortaleceram a “dissuasão da guerra” no país.
O documento cita também o Hwasong-15, o míssil balístico intercontinental de maior alcance (ICBM), já lançado por Pyongyang, que não foi disparado desde o seu primeiro teste em 2017, e que está confiante que tenha “alcance para lançar uma ogiva nuclear em qualquer lugar dos Estados Unidos”.
“No mundo de hoje, onde muitos países perdem tempo lidando com os Estados Unidos com submissão e obediência cega, apenas o nosso país pode abalar o mundo disparando um míssil que tem o continente americano ao seu alcance”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Pyongyang recordou que “existem mais de 200 países no mundo, mas apenas alguns têm bombas de hidrogénio, mísseis balísticos intercontinentais e mísseis hipersónicos”. EUA pedem regresso ao diálogo
O Departamento de Estado dos Estados Unidos insiste que não nutre nenhuma intenção hostil em relação à Coreia do Norte e apela a um novo regresso ao diálogo, apelos que Pyongyang tem ignorado.
Em declarações à CNN, um porta-voz do Departamento do Estado afirmou que a Coreia do Norte representa uma ameaça à paz e segurança internacional.
“Os Estados Unidos têm um interesse vital em dissuadir a Coreia do Norte, defender as suas provocações ou utilização de força, limitar o alcance dos seus programas de armas mais perigosos e, acima de tudo, manter o povo norte-americano, as nossas forças destacadas e os nossos aliados seguros”, afirmou.
Para Jenny Town, diretora do 38 North, um programa norte-coreano com sede em Washington, o facto de e declaração vir do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte torna, provavelmente, menos ameaçadora do que poderia parecer. “A formulação é muito passiva”.
Na passada terça-feira a Coreia do Norte comemorou o aniversário da sua fundação, um feriado que em anos anteriores contou com grandes desfiles militares.
Segundo os órgãos de comunicação locais, este ano não houve desfiles militares e a data foi celebrada com a visita ao mausóleo dos ex-governadores do país.
As autoridades norte-americanas e sul-coreanas temem que o lançamento do Hwasong-12, a 30 de janeiro, possa ser um passo para retomar os testes de mísseis balísticos intercontinentais ou armas nucleares do regime de Kim Jong-un.
Washington pediu a Pyongyang que retire o financiamento dos seus programas nucleares e de misseis balísticos e dê prioridade à sua população.
As negociações para persuadir a Coreia do Norte a desistir ou limitar o seu arsenal em troca de alívio das sanções estão paralisadas desde 2019.