País não se renderá às ameaças dos opressores - Khamenei
O líder supremo da República Islâmica do Irão, "ayatollah" Ali Khamenei, disse hoje, na celebração do fim do Ramadão, que o país não se renderá às ameaças dos "opressores", de acordo com a agência noticiosa oficial IRNA.
Khamenei proferiu estas declarações no discurso comemorativo do "Id al-fitr", festa que marca o fim do Ramadão, afirmando que "o povo não tolerará a opressão, nem que espezinhem os seus direitos, seja quem for o opressor".
"A nossa nação é valente, firme e determinada", sublinhou o líder religioso.
Khamenei referiu-se também ao aniversário do assalto à embaixada dos Estados Unidos em Teerão, há precisamente 26 anos, e que levou à ruptura definitiva das relações entre os Estados Unidos e o Irão.
"O mundo já sabe que somos uma nação que procura a realização dos seus objectivos", disse Khamenei, dirigindo-se àqueles que fizeram parte do grupo de assalto à sede diplomática, que qualificou de "ninho de espiões".
A revolução xiita que derrubou a monarquia iraniana, em 1979, foi liderada pelo "ayatollah" Ruhollah Khomenei, fundador da República Islâmica, e que até à morte em 1989 foi um dos principais inimigos dos Governos norte-americanos.
Mais de 50 norte-americanos permaneceram reféns na embaixada durante 444 dias entre Novembro de 1979 e Janeiro de 1981, depois da deposição do Xá Mohamed Reza Pahlevi e da instauração de um regime islâmico.
Os estudantes reclamavam aos Estados Unidos a entrega do Xá deposto para que fosse julgado no Irão.
A crise dos reféns levou a que o Governo norte-americano rompesse as relações diplomáticas com o Irão.
A relação entre os dois países agravou-se nos anos seguintes, sobretudo com as acusações feitas pelos Estados Unidos de que o Irão apoia o terrorismo internacional e que tem planos para o fabrico de armas nucleares, o que os iranianos negam.