Mundo
Guerra no Médio Oriente
Palestina. Economia regrediu 22 anos devido à ofensiva israelita, alerta ONU
"Uma catástrofe total". É assim que o relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, publicado esta terça-feira, classifica a situação económica nos territórios palestinianos.
De acordo com o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB) da Palestina caiu para níveis de 2003, “apagando 22 anos de progresso económico em apenas 15 meses”, com o PIB per capita a descer para os 161 dólares, um dos níveis mais baixos do mundo. O Índice de Desenvolvimento Humano para 2024 está projetado para 0.643; era 0.716 em 2022.
Em Gaza, a crise é considerada “a mais severa alguma vez registada”, de acordo com o Programa de Dados sobre Conflitos de Uppsala, Suécia, citado no relatório, que lamenta a perda de “69 anos de desenvolvimento humano”.
Já o desemprego disparou para os 50%, atingindo os 80% no enclave palestiniano, o que coloca “toda a população de Gaza abaixo do limiar da pobreza”.
O crescimento económico, “num cenário otimista de taxas de crescimento de dois dígitos facilitado por níveis significativos de ajuda externa”, pode, ainda assim, levar décadas.
O relatório afirma que a economia palestiniana encontra-se numa situação de “de-desenvolvimento”, com a destruição em larga escala de infraestruturas essenciais, como hospitais, escolas, bancos e habitações.
Em Gaza, 98% dos bancos que operavam no enclave encerraram e 92% das habitações em Gaza ficaram destruídas desde o reacender do conflito.
A situação também está a agravar-se na Cisjordânia, decorrente do alargamento dos colonatos ilegais israelitas e das restrições aos recursos económicos.
Para além disso, o relatório revela que a Palestina se encontra na “pior crise fiscal até à data”, resultante da continuação do cumprimento do Protocolo de Paris, expirado em 1999.
Este protocolo, assinado em 1994 entre Israel e Palestina, prevê a recolha de impostos por parte de Israel de “todas as importações palestinianas e transfere a receita para o Governo palestiniano mensalmente”, o que, de acordo com o relatório, “deixa mais de dois terços da receita fiscal palestiniana sob o controlo de Israel, que pode e, por vezes faz, suspender transferências e aplicar deduções unilaterais”, algo que tem acontecido desde 2019 e se tem agravado desde 2023.
Em Gaza, a crise é considerada “a mais severa alguma vez registada”, de acordo com o Programa de Dados sobre Conflitos de Uppsala, Suécia, citado no relatório, que lamenta a perda de “69 anos de desenvolvimento humano”.
Já o desemprego disparou para os 50%, atingindo os 80% no enclave palestiniano, o que coloca “toda a população de Gaza abaixo do limiar da pobreza”.
O crescimento económico, “num cenário otimista de taxas de crescimento de dois dígitos facilitado por níveis significativos de ajuda externa”, pode, ainda assim, levar décadas.
O relatório afirma que a economia palestiniana encontra-se numa situação de “de-desenvolvimento”, com a destruição em larga escala de infraestruturas essenciais, como hospitais, escolas, bancos e habitações.
Em Gaza, 98% dos bancos que operavam no enclave encerraram e 92% das habitações em Gaza ficaram destruídas desde o reacender do conflito.
A situação também está a agravar-se na Cisjordânia, decorrente do alargamento dos colonatos ilegais israelitas e das restrições aos recursos económicos.
Para além disso, o relatório revela que a Palestina se encontra na “pior crise fiscal até à data”, resultante da continuação do cumprimento do Protocolo de Paris, expirado em 1999.
Este protocolo, assinado em 1994 entre Israel e Palestina, prevê a recolha de impostos por parte de Israel de “todas as importações palestinianas e transfere a receita para o Governo palestiniano mensalmente”, o que, de acordo com o relatório, “deixa mais de dois terços da receita fiscal palestiniana sob o controlo de Israel, que pode e, por vezes faz, suspender transferências e aplicar deduções unilaterais”, algo que tem acontecido desde 2019 e se tem agravado desde 2023.