Papa Francisco apela ao diálogo em prol da paz no Iraque

Cidade do Vaticano, 29 jun (Lusa) -- O papa Francisco voltou a manifestar hoje preocupação perante o conflito armado no Iraque e recordou que "o diálogo é a única via para a paz", durante a sua mensagem dominical que acompanha a oração do Ângelus.

Lusa /

"As notícias que chegam do Iraque são muito dolorosas. Junto-me ao apelo dos bispos deste país para dizer aos governantes que, através do diálogo, pode preservar-se a unidade nacional e evitar a guerra", afirmou o sumo pontífice.

Francisco disse sentir-se próximo "das milhares de famílias, especialmente cristãs, que tiveram de deixar as suas casas e que estão em grave perigo".

Não é a primeira vez que Bergoglio manifesta a sua preocupação perante a situação que se vive no Iraque.

A primeira vez que o chefe da Igreja católica se pronunciou sobre o conflito armado foi durante o Ângelus de 30 de outubro, tendo a mais recente sido há duas semanas, quando pediu aos fiéis para rezarem em prol da paz no Iraque.

As forças iraquianas lançaram hoje uma ofensiva contra extremistas em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, numa altura em que a Rússia enviou os aviões de combate comprados por Bagdad.

A aviação governamental atingiu Tikrit e registaram-se também combates na periferia da cidade, de acordo com testemunhas citadas pela France Press.

Milhares de soldados estão envolvidos naquela que pode ser considerada a ofensiva mais ambiciosa de Bagdad contra os extremistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL na sigla em inglês) que dominam zonas consideráveis em cinco províncias do país desde o princípio de junho.

No norte, combatentes apoiados pelas forças curdas avançaram para a povoação de Basheer, perto de Kirkuk, de maioria xiita, e que se encontrava controlada pelos extremistas islâmicos.

Os Estados Unidos enviaram para o país conselheiros militares que estão a operar junto dos oficiais iraquianos nas operações com aviões não tripulados (drones) sobre a capital.

Organizações humanitárias têm pedido, nas últimas semanas, a abertura de corredores humanitários capazes de garantir auxílio aos deslocados que podem ser um milhão e 200 mil nas zonas atingidas pelos combates.

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