Parlamento de Espanha debate causas do apagão

O parlamento de Espanha vai debater esta quarta-feira, por iniciativa do primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez, o apagão na Península Ibérica de 28 de abril, que teve origem em território espanhol mas cujas causas se desconhecem.

Lusa /
Sánchez inicia análise do o apagão na Península Ibérica de 28 de abril EPA

O executivo de Pedro Sánchez tem insistido que, para já, não descarta qualquer hipótese, incluindo um ciberataque, com o primeiro-ministro a prometer que “o governo de Espanha vai chegar ao fundo deste assunto" e, perante as conclusões, vai fazer reformas e adotar as medidas necessárias "para que não volte a acontecer", assim como "exigir todas as responsabilidades pertinentes aos operadores privados".

Em Espanha, o debate político em torno do apagão tem-se centrado na aposta nas energias renováveis, defendida por Sánchez, em detrimento de outras fontes de geração, como a nuclear.

Os críticos do fecho das centrais nucleares espanholas, previsto para 2029, têm sublinhado o peso maioritário das renováveis no fornecimento de energia no momento do apagão e sugerem que aí está a causa do colapso, por serem fontes de produção elétrica mais instáveis, que causam perturbações no sistema. O governo, por seu turno, desvinculou já por diversas vezes as renováveis do apagão.

Ainda no parlamento, Sánchez vai explicar o aumento este ano do orçamento para defesa e segurança até 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
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