Parlamento Europeu. Roberta Metsola eleita nova presidente

por RTP
Gonzalo Fuentes - Reuters

Roberta Metsola foi eleita nova presidente do Parlamento Europeu. O resultado da eleição foi conhecido esta terça-feira. A conservadora maltesa venceu à primeira volta.

A conservadora maltesa foi eleita esta terça-feira, em Estrasburgo, presidente do Parlamento Europeu para a segunda metade da legislatura, até 2024, com 458 votos a favor. Roberta Metsola obteve, assim, maioria absoluta na primeira volta.


Roberta Metsola pertence ao Partido Popular Europeu e é conhecida por posições políticas anti-aborto. Metsola, de 43 anos, é a presidente mais jovem do Parlamento Europeu e a terceira mulher a assumir este cargo, depois das francesas Simone Veil (1979-1982) e Nicole Fontaine (1999-2002).

A conservadora maltesa era vice-presidente e já tinha assumido, provisoriamente, o cargo de presidente do Parlamento Europeu depois da morte de David Sassoli, a 11 de janeiro, dias antes de terminar o mandato.

No seu discurso após a eleição, Metsola prometeu seguir o estilo de trabalho de Sassoli. “David lutou muito para trazer as pessoas para a mesma mesa. É esse compromisso de manter unidas as forças construtivas na Europa que eu vou seguir”, disse Metsola.

Para além do presidente, os eurodeputados vão ainda eleger os 14 vice-presidentes. Pedro Silva Pereira, que dirigiu o ato eleitoral enquanto segundo vice-presidente da assembleia, é de novo candidato.

A eleição desta terça-feira – que já estava há muito agendada para esta primeira sessão plenária do ano, independentemente do estado de saúde do anterior presidente – ocorre um dia após o Parlamento Europeu ter prestado homenagem a David Sassoli, numa cerimónia no hemiciclo de Estrasburgo, durante a qual vários dirigentes europeus destacaram o legado que deixa na Europa, marcado pela defesa dos mais vulneráveis.

Sassoli morreu em 11 de janeiro, aos 65 anos, em Aviano (Itália), onde se encontrava hospitalizado desde 26 de dezembro, sendo o primeiro presidente do Parlamento Europeu a morrer em exercício de funções nas quais estava prestes a ser substituído, no cumprimento de um acordo de partilha do mandato de cinco anos.

David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do parlamento, regressando no final do ano.

O funeral do político italiano, com honras de Estado, teve lugar na passada sexta-feira, em Roma.

c/agências
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