Parlamento russo recebe projeto para penalizar sanções estrangeiras
O parlamento russo recebeu um projeto de lei para punir a aplicação de sanções estrangeiras contra a Rússia, que prevê multas até um milhão de rublos (11 mil euros) ou prisão até 10 anos.
"Várias empresas russas, incluindo aquelas com participação estatal, recusam-se, por uma razão ou outra, a trabalhar com bancos e empresas que já foram sujeitos a sanções, porque temerem que também sejam" alvo de sanções, explicou o deputado russo Pavel Krasheninnikov.
"Para evitar a deterioração da situação económica no país, propomos alterar o Código Penal da Federação Russa", acrescentou.
O projeto de lei enviado ao parlamento russo, a Duma, acrescentaria uma circunstância agravante à secção do Código Penal sobre o crime de "abuso de poder", segundo a agência noticiosa estatal russa TASS.
A execução de sanções estrangeiras seria punível com multa de até 1 milhão de rublos, acarretando ainda penas de prisão de até dez anos, com privação do direito de ocupar determinados cargos ou exercer determinadas atividades por até três anos.
Reação australiana
O governo australiano anunciou esta terça-feira a proibição da exportação para a Rússia de produtos de luxo, incluindo vinho, lagostas, roupas, calçados e peças exclusivas para automóveis, entre outros, em resposta à invasão "ilegal" da Ucrânia.
A medida - que segue os passos anunciados pelos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Reino Unido - entra em vigor na quinta-feira, disse a ministra das Relações Exteriores da Austrália, Marise Payne, em comunicado.
Até ao momento, Canberra destinou mais de 180 milhões de dólares australianos (124 milhões de euros) em ajuda à Ucrânia, a maior parte militar, como o envio de veículos militares blindados em resposta ao pedido do Presidente Volodymyr Zelensky.
A Austrália também impôs uma série de sanções e medidas contra a Rússia e a aliada Bielorrússia, abrangendo mais de 500 indivíduos e entidades.