O partido atualmente no poder em Taiwan expulsou cinco membros por alegada espionagem para a China, uma medida que visa "manter a disciplina do partido e salvaguardar a segurança nacional".
O presidente do Comité Central de Avaliação do Partido Democrático Progressista (DPP, na sigla em inglês) afirmou na quarta-feira que a decisão foi unânime e respeitou os regulamentos do partido.
De acordo com a agência de notícias pública taiwanesa CNA, Lai Jui-lung sublinhou que as ações dos membros violaram tanto a lei como os "valores fundamentais" do DPP.
"Perante a coação e a incitação do Partido Comunista Chinês, todos os membros do partido (DPP) devem observar rigorosamente a lei e a disciplina partidária (...). Os interesses nacionais devem prevalecer", afirmou Lai.
Entre os expulsos estão Sheng Chu-ying, antigo conselheiro do então presidente do parlamento You Si-kun (2020-2024), e Ho Jen-chieh, antigo conselheiro do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Joseph Wu Jaushieh (2018-2024).
Nesta lista estão também Wu Shang-yu, que serviu como assessor no gabinete do atual presidente, William Lai Ching-te, Chiu Shih-yuan, antigo diretor adjunto do Instituto de Democracia de Taiwan, e Huang Chu-jung, conselheiro de Lee Yu-tien, vereador do DPP de Nova Taipé.
Os três últimos estão atualmente detidos a aguardar julgamento.
Estes casos ganharam atenção mediática depois de William Lai ter definido a China como uma "força externa hostil", em março, e ter anunciado 15 medidas, incluindo o restabelecimento dos tribunais militares, para conter os crescentes atos de "infiltração" da China.