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Partido Reformista, de Nigel Farage, lidera autárquicas no Reino Unido
O partido Reformista, de extrema-direita liderado por Nigel Farage, lidera a contagem dos votos das autárquicas no Reino Unido. Uma vitória que é um revés para o governo trabalhista de Keir Starmer. Além da votação para os municípios, em Runcorn e Helsby houve também eleições parciais para a Câmara dos Comuns.
Cerca de 1.650 lugares de deputados municipais councillor foram a votos, na quinta-feira, em 24 das 317 autarquias inglesas e quatro autoridades unitárias e duas autoridades locais também elegeram presidentes, mayor.
No entanto, as atenções estiveram centradas na eleição parlamentar parcial de Runcorn e Helsby, no noroeste de Inglaterra, perto de Manchester e Liverpool.
Este lugar ficou vago inesperadamente devido à demissão do deputado do Partido Trabalhista Mike Amesbury, que foi condenado a dez semanas de prisão por ter esmurrado um homem na rua em outubro do ano passado.
Na votação em Runcorn e Helsby, o partido de Nigel Farage, venceu por seis votos, depois de ser realizada uma recontagem. Sarah Pochin, do Partido Reformista, foi declarada vencedora do círculo eleitoral de Runcorn e Helsby por seis votos após uma recontagem, derrotando a candidata trabalhista Karen Shore.
A vitória em Runcorn dá ao partido Reformista (Reforme UK) cinco dos 650 lugares na Câmara dos Comuns de Westminster. Nas últimas eleições nacionais do ano passado, o partido de extrema-direita obteve 14 por cento dos votos.
Fundado como o Partido Brexit em 2018 e descartado nos seus primeiros anos como um partido apenas interessado em limitar a imigração, o Reforme UK viu um aumento no seu apoio nos últimos meses.“Para o movimento, para o partido, este é um momento muito, muito grande”, reagiu Nigel Farage, que fez campanha na luta contra a imigração ilegal.
Esta vitória “prova que somos agora o partido da oposição ao governo trabalhista”, escreveu no X.
O partido Reformista, também ganhou a corrida para a presidência da câmara em Greater Lincolnshire, com uma antiga ministra conservadora que desertou para o partido Reformista depois de ter perdido o seu lugar no ano passado, Andrea Jenkyns, a tornar-se a sua mais poderosa política eleita até à data, com responsabilidade por uma área que abrange cerca de um milhão de pessoas.
No seu discurso de vitória, Jenkyns prometeu acabar com a “Grã-Bretanha de toque suave” e disse que os requerentes de asilo deviam ser acolhidos em tendas e não em hotéis, como acontece frequentemente na Grã-Bretanha.
“A reconstrução começa aqui... vamos ter uma Grã-Bretanha onde colocamos os britânicos em primeiro lugar”, afirmou.
O Partido Reformista também esteve perto de derrotar os trabalhistas em três outras eleições para o cargo de presidente de câmara, em North Tyneside, no oeste de Inglaterra e em Doncaster.
O apoio dos trabalhistas em North Tyneside caiu 23 pontos percentuais e 11 pontos percentuais em Doncaster, em comparação com 2021.
Ros Jones, que venceu pelo Partido Trabalhista em Doncaster, disse que o seu partido estava a ser castigado pelas medidas que tinha tomado para reduzir a despesa, algo que o governo diz ter de fazer para manter a estabilidade financeira.
Starmer, um ex-advogado antes de se dedicar à política, assistiu a uma queda acentuada no apoio ao seu governo depois de ter aumentado os impostos, cortado os benefícios para os idosos e se ter envolvido numa disputa sobre o uso de donativos, dando uma abertura a Nigel Farage, que é amigo do presidente dos EUA, Donald Trump.
No âmbito do sistema eleitoral que favorece os grandes partidos, os trabalhistas obtiveram uma esmagadora maioria parlamentar em julho, mas com apenas 33,7 por cento dos votos. Esta foi a percentagem mais baixa de um partido a ganhar uma eleição geral desde a Segunda Guerra Mundial
Estas eleições locais são também um teste para a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, que assumiu as rédeas no final do ano passado de um partido em dificuldades após o fracasso das eleições gerais.
Badenoch reconheceu que os resultados poderiam ser “muito difíceis” para os conservadores. O partido saiu-se muito bem quando estas áreas foram disputadas pela última vez em 2021, altura em que o governo conservador do então primeiro-ministro Boris Johnson teve um aumento de popularidade devido ao programa de vacinação contra a covid-19.
Segundo as sondagens de opinião, os britânicos estão cada vez mais desiludidos com os dois principais partidos, preocupados com a falta de resultados em matéria de crescimento económico, com os números da imigração ilegal e com os serviços públicos em dificuldades. No âmbito do sistema eleitoral que favorece os grandes partidos, os trabalhistas obtiveram uma esmagadora maioria parlamentar em julho, mas com apenas 33,7 por cento dos votos. Esta foi a percentagem mais baixa de um partido a ganhar uma eleição geral desde a Segunda Guerra Mundial.
No entanto, as atenções estiveram centradas na eleição parlamentar parcial de Runcorn e Helsby, no noroeste de Inglaterra, perto de Manchester e Liverpool.
Este lugar ficou vago inesperadamente devido à demissão do deputado do Partido Trabalhista Mike Amesbury, que foi condenado a dez semanas de prisão por ter esmurrado um homem na rua em outubro do ano passado.
Na votação em Runcorn e Helsby, o partido de Nigel Farage, venceu por seis votos, depois de ser realizada uma recontagem. Sarah Pochin, do Partido Reformista, foi declarada vencedora do círculo eleitoral de Runcorn e Helsby por seis votos após uma recontagem, derrotando a candidata trabalhista Karen Shore.
A vitória em Runcorn dá ao partido Reformista (Reforme UK) cinco dos 650 lugares na Câmara dos Comuns de Westminster. Nas últimas eleições nacionais do ano passado, o partido de extrema-direita obteve 14 por cento dos votos.
Fundado como o Partido Brexit em 2018 e descartado nos seus primeiros anos como um partido apenas interessado em limitar a imigração, o Reforme UK viu um aumento no seu apoio nos últimos meses.“Para o movimento, para o partido, este é um momento muito, muito grande”, reagiu Nigel Farage, que fez campanha na luta contra a imigração ilegal.
Esta vitória “prova que somos agora o partido da oposição ao governo trabalhista”, escreveu no X.
Victory in Runcorn & Helsby proves we are now the opposition party to this Labour government.
— Nigel Farage MP (@Nigel_Farage) May 2, 2025
With this and other results tonight, it’s clear that if you vote Conservative you will get Labour.
But if you vote Reform, you get Reform.
O partido Reformista, também ganhou a corrida para a presidência da câmara em Greater Lincolnshire, com uma antiga ministra conservadora que desertou para o partido Reformista depois de ter perdido o seu lugar no ano passado, Andrea Jenkyns, a tornar-se a sua mais poderosa política eleita até à data, com responsabilidade por uma área que abrange cerca de um milhão de pessoas.
No seu discurso de vitória, Jenkyns prometeu acabar com a “Grã-Bretanha de toque suave” e disse que os requerentes de asilo deviam ser acolhidos em tendas e não em hotéis, como acontece frequentemente na Grã-Bretanha.
“A reconstrução começa aqui... vamos ter uma Grã-Bretanha onde colocamos os britânicos em primeiro lugar”, afirmou.
O Partido Reformista também esteve perto de derrotar os trabalhistas em três outras eleições para o cargo de presidente de câmara, em North Tyneside, no oeste de Inglaterra e em Doncaster.
O apoio dos trabalhistas em North Tyneside caiu 23 pontos percentuais e 11 pontos percentuais em Doncaster, em comparação com 2021.
Ros Jones, que venceu pelo Partido Trabalhista em Doncaster, disse que o seu partido estava a ser castigado pelas medidas que tinha tomado para reduzir a despesa, algo que o governo diz ter de fazer para manter a estabilidade financeira.
Desilusão crescente
As vitórias do partido Reformista sublinham a forma como a paisagem política britânica se fraturou desde as eleições gerais. O primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer obteve uma das maiores maiorias parlamentares da história britânica no verão passado, mas sofreu o mais rápido declínio de popularidade de qualquer governo recém-eleito.Starmer, um ex-advogado antes de se dedicar à política, assistiu a uma queda acentuada no apoio ao seu governo depois de ter aumentado os impostos, cortado os benefícios para os idosos e se ter envolvido numa disputa sobre o uso de donativos, dando uma abertura a Nigel Farage, que é amigo do presidente dos EUA, Donald Trump.
No âmbito do sistema eleitoral que favorece os grandes partidos, os trabalhistas obtiveram uma esmagadora maioria parlamentar em julho, mas com apenas 33,7 por cento dos votos. Esta foi a percentagem mais baixa de um partido a ganhar uma eleição geral desde a Segunda Guerra Mundial
Estas eleições locais são também um teste para a líder do Partido Conservador, Kemi Badenoch, que assumiu as rédeas no final do ano passado de um partido em dificuldades após o fracasso das eleições gerais.
Badenoch reconheceu que os resultados poderiam ser “muito difíceis” para os conservadores. O partido saiu-se muito bem quando estas áreas foram disputadas pela última vez em 2021, altura em que o governo conservador do então primeiro-ministro Boris Johnson teve um aumento de popularidade devido ao programa de vacinação contra a covid-19.
Segundo as sondagens de opinião, os britânicos estão cada vez mais desiludidos com os dois principais partidos, preocupados com a falta de resultados em matéria de crescimento económico, com os números da imigração ilegal e com os serviços públicos em dificuldades. No âmbito do sistema eleitoral que favorece os grandes partidos, os trabalhistas obtiveram uma esmagadora maioria parlamentar em julho, mas com apenas 33,7 por cento dos votos. Esta foi a percentagem mais baixa de um partido a ganhar uma eleição geral desde a Segunda Guerra Mundial.
As próximas eleições gerais estão previstas para 2029.
c/ Agências