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Partilha de bicicletas gera retorno económico e social
A maioria das cidades em todo o mundo está a apostar na mobilidade ativa como resposta aos desafios ambientais, sociais e económicos. Entre as medidas adotadas, surgem programas como a partilha de bicicletas como uma das soluções eficazes para reduzir emissões, melhorar a saúde pública e tornar os centros urbanos mais acessíveis.
De Nova Iorque a Pequim, passando por Paris e Lisboa, esta tendência reflete uma mudança estrutural na forma como nos deslocamos, exigindo menos dependência do automóvel e mais integração com transportes públicos e modos sustentáveis.
Impactos ambientais e sociais na Europa
Na Europa, um estudo encomendado pelo EIT Urban Mobility e pela Cycling Industries Europe (CIE), realizado pela EY, contém números reveladores.A partilha de bicicletas evita 46 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono (CO₂) e 200 toneladas de poluentes atmosféricos nocivos por ano.
Além disso, contribui para prevenir mais de mil doenças crónicas, poupando cerca de 40 milhões de euros em cuidados de saúde.
A redução da congestão rodoviária traduz-se em 760 mil horas de produtividade recuperadas, avaliadas em 30 milhões de euros, e na manutenção de seis mil empregos equivalentes a tempo inteiro.
Atualmente, cada euro investido gera um retorno anual de dez por cento, mas as perspetivas são ainda mais ambiciosas.Até 2030, os benefícios podem atingir mil milhões de euros por ano, caso se mantenham os investimentos e a expansão das redes.
Este cenário permitiria evitar 224 mil toneladas de emissões de CO₂, prevenir 4.200 doenças crónicas e manter cerca de 13 mil empregos.