Patrocinadores da COP26 queixam-se da desorganização do evento

por RTP
Reuters

Várias empresas que patrocinam com milhões de euros a cimeira do clima Cop26 escreveram uma carta onde se queixam da enorme falta de organização e de várias decisões fora de horas. O evento acontece no final deste mês em Glasgow.

As queixas são variadas: funcionários públicos "muito inexperientes", atrasos em decisões cruciais na organização do evento, má comunicação e colapso nas relações entre organizadores e as empresas na preparação de reuniões marcantes.

O desalento com toda a organização é revelado pelo The Guardian. 

O jornal britânico teve acesso a uma carta escrita pela televisão Sky, e que foi assinada por outros patrocinadores do Cop26, onde está plasmado o desagrado pela forma como o evento mundial está a ser organizado. 

É a segunda vez que os patrocinadores dão conta do descontentamento, depois de uma outra missiva que tinha sido enviada em julho.

A presidência da Cop26 está a cargo do Reino Unido que a gere a partir do próprio Gabinete do Governo, liderada pelo ex-secretário de negócios Alok Sharma - presidente - e pelo empresário Nigel Topping que, escreve o The Guardian, foi nomeado campeão de ação climática de alto nível pelo Executivo no ano passado.

Entre os patrocinadores, para além da Sky, estão empresas como a Microsoft, Hitachi, GSK, Unilever, Scottish Power, entre outras.

Fonte do jornal diz que uma das maiores frustações passa pela incerteza e falta de respostas sobre como o evento vai decorrer. São colocadas perguntas, mas as respostas tardam a chegar. "Tiveram mais um ano para preparar a COP por causa da Covid mas parece que esse tempo não foi usado para melhorar o evento", disse esta fonte ao jornal.

A forma como o The Guardian descreve a situação é no mínimo preocupante uma vez que estamos a falar das negociações sobre o clima consideradas a última oportunidade para alinhar vários países com as ambições climáticas. 

Para além desta aparente falta de organização, outra incerteza, ou incertezas pairam no ar.

A começar pela China, com a indicação, ainda não confirmada, de que o Presidente Xi Jinping não vai participar, o que coloca em causa um pacto global para a redução das emissões de dióxido de carbono. 


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