Paz na Ucrânia. Líderes de potências europeias reuniram-se em Paris

Os líderes das principais potências europeias estiveram reunidos na segunda-feira, em Paris, para defender uma paz sólida e duradoura na Ucrânia, acompanhada de garantias de segurança fortes e credíveis.

Camila Vidal - Antena 1 /

Gonzalo Fuentes - Reuters

Uma cimeira que é confrontada com um encontro entre os representantes do Kremlin e da Casa Branca e também com o futuro da guerra na Ucrânia como um dos principais pontos em cima da mesa, mas sem ter em conta a Europa.

Um encontro, na capital da Arábia Saudita, onde vão marcar presença os dois chefes da diplomacia de Washington e Moscovo, Marco Rubio e Serguei Lavrov, entre outros elementos.

Para além de lançarem as bases para o arranque de um processo de negociações de paz na Ucrânia, os representantes dos Estados Unidos e da Rússia também vão preparar um futuro encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump.

Após a cimeira em Paris, o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, afirmou que, depois do fim da guerra na Ucrânia, será necessário colocar uma força de preservação da paz naquele país, que terá também de contar com o apoio dos Estados Unidos.
Depois desta cimeira informal, o presidente francês desdobrou-se em contactos para Kiev e Washington.Emmanuel Macron acordou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o contacto permanente na coordenação de esforços para uma paz sólida e duradoura.

Também Donald Trump recebeu um telefonema do presidente francês.

De visita ao Brasil, onde está a acompanhar o presidente português, o ministro português dos Negócios Estrangeiros admite que teria sido preferível que a Cimeira de Paris tivesse sido alargada aos restantes países da União Europeia.
Ainda assim, Paulo Rangel diz que os europeus estão todos no mesmo barco, em relação ao conflito na Ucrânia.

Uma ausência europeia que o antigo vice-presidente do Parlamento Europeu Pedro Silva Pereira considera que a União Europeia tem de mostrar punho firme aos Estados Unidos, no que diz respeito às negociações de paz.

Em declarações à Antena 1, o antigo ministro socialista diz que a Europa tem de deixar claro que não pode haver diálogo sem o envolvimento da Ucrânia.
O antigo vice-presidente do Parlamento Europeu diz que está na altura de a Europa investir na própria defesa, sem recorrer, por exemplo, à indústria de defesa norte-americana.



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