Atropelamento intencional faz pelo menos dez feridos em França

Pelo menos dez pessoas ficaram feridas, quatro em estado grave, após um condutor atropelar deliberadamente peões em vários locais de Île d`Oleron, no oeste da França. As autoridades não têm duvidas de que foi um atropelamento intencional, mas descartam a possibilidade de terrorismo. O suspeito foi detido.

Inês Moreira Santos - RTP /
Reuters

O atropelamento intencional ocorreu pelas 8h45 em duas localidades de Oleron. Ficaram feridas dez pessoas, quatro estão em estado grave.

O suspeito foi detido. Era já conhecido pelas autoridades por roubos e por conduzir sob efeito de álcool. O incidente está a ser investigado - as autoridades não abriram processo por terrorismo mas sim por tentativa de homicídio.

"Um homem de 35 anos, residente em Oléron, atropelou deliberadamente vários peões e ciclistas numa estrada entre Dolus d`Oléron e Saint-Pierre d`Oléron", disse à agência de notícias AFP Arnaud Laraize, procurador distrital de La Rochelle.

No momento da detenção, o suspeito gritou Allahu Akbar [Deus é grande, em árabe], expressão usada habitualmente por terroristas quando cometem atentados em nome do Islão, acrescentou o procurador.

"No entanto, o motivo ainda não foi confirmado e a investigação terá de o determinar", acrescentou, especificando que a Procuradoria Nacional Antiterrorismo (PNAT) "ainda não assumiu o caso nesta fase".

O suspeito, Jacques G., é conhecido por delitos comuns, afirmou Laraize, referindo que agora foi detido por "tentativa de homicídio".O homem, na casa dos 30 anos, "atropelou deliberadamente" as vítimas "ao longo de vários quilómetros", confirmou à AFP uma fonte próxima da investigação.

O presidente da Câmara de Dolus d'Oléron, Thibault Brechkoff, mencionou na rede social Facebook os incidentes causados "deliberadamente" na sua cidade e na vizinha Saint-Pierre d'Oléron.

O autarca disse a um correspondente da AFP que o suspeito é residente em Saint-Pierre d'Oléron.

O ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, anunciou que se deslocaria ao local "a pedido do primeiro-ministro" francês, Sébastian Lecornu.

 c/ agências

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