Tudo aconteceu por volta das seis da manhã deste domingo. O autocarro viajava em direção a Barcelona. Pertence a uma empresa de Mollet del Vallès e transportava 56 pessoas que regressavam das festas em Valência "Las Fallas”, festas típicas da semana Santa.

A Direção Geral de Proteção do Governo Regional da Catalunha divulgou uma lista das nacionalidades de todos os estudantes envolvidos, na qual não consta Portugal.

No autocarro viajavam estudantes do Peru, Bulgária, Polónia, Irlanda, Palestina, Japão, Ucrânia, República Checa, Nova Zelândia, Reino Unido, Itália, Hungria, Alemanha, Suécia, Noruega e Suíça.

O ministro do Interior espanhol, Jorge Fernández Díaz, revelou que as 13 vítimas mortais são mulheres e não espanholas. Uma equipa composta de 17 técnicos forenses está a trabalhar na identificação das vítimas.

As causas do acidente são ainda desconhecidas, mas as primeiras informações recolhidas pela agência de notícias EFE apontam para que o autocarro tenha perdido o controlo, galgando o separador da estrada e colidindo com outro veículo, no qual seguiam dois ocupantes que ficaram feridos.

O conselheiro catalão do Interior, Jordi Jané, confirmou em conferência de imprensa que a maioria dos estudantes era proveniente da Universidade de Barcelona, considerando no entanto provável que seguissem no autocarro estudantes da Universidade Autónoma de Barcelona e de outras universidades da Catalunha. "Fatores humanos" na origem
As autoridades vão abrir uma investigação para apurar as causas do acidente, apesar de Jordi Jané adiantar que "apesar das características da estrada" a causa do acidente estará relacionada com "fatores humanos", apesar de admitir que a conclusão ainda é "precipitada”.

Os testes entretanto efetuados ao condutor do autocarro, que ficou ferido sem gravidade, deram resultados negativos para álcool e droga, segundo o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha.

A empresa que detém o autocarro já veio esclarecer que o condutor tem 17 anos de experiência, é considerado um perito neste tipo de veículo e nunca tinha tido um acidente. O autocarro tem três anos e tinha todas as inspeções em dia.

O local onde ocorreu o acidente é considerado pelas autoridades um “ponto negro”, já que entre os quilómetros 330 e 335 é "habitual haver acidentes", segundo explicou a presidente do município de Ulldecona à imprensa espanhola.

 

 

Entre as pessoas que ficaram feridas no acidente, 21 já receberam alta e 28 continuam internados em vários hospitais da região. Nove em estado grave e quatro estavam esta manhã "em estado crítico".

Desde 2000 que não acontecia um acidente de viação com um autocarro com tanta gravidade em Espanha. A 6 de julho de 2000 um autocarro em que viajavam alunos catalães colidiu com um camião de transporte de gado na cidade de Soria Golmayo, provocando vinte mortos e treze feridos graves.