Pelo menos 29 presos fogem de cadeia no Brasil

Pelo menos 29 presos escaparam, na madrugada de hoje, da prisão de Piraquara, no estado do Paraná, depois de uma explosão ter destruído um muro da prisão, informaram as autoridades locais.

Lusa /

Trata-se da segunda fuga de uma penitenciária brasileira em menos de 24 horas, em circunstâncias semelhantes. Segundo a polícia local, um grupo de homens fortemente armados fez explodir um muro da prisão para que os detidos pudessem fugir.

O ato causou ainda estragos numa das principais estradas da região metropolitana de Curitiba, capital do Paraná, com cinco camiões e dois carros a serem incendiados, de acordo com a Polícia Rodoviária.

A imprensa local adiantou que os incêndios em veículos foram planeados por cúmplices dos fugitivos, de forma a bloquear as estradas e garantir que os detidos conseguissem escapar.

Até ao momento, as autoridades não conseguiram capturar nenhum dos prisioneiros fugitivos, mesmo com as ações de busca a serem apoiadas por um helicóptero que sobrevoa o local.

A esta fuga, soma-se a que ocorreu na madrugada de segunda-feira, numa prisão de segurança máxima do estado brasileiro da Paraíba, no Nordeste do Brasil, com pelo menos 100 detidos a escaparem, com o apoio de um grupo de cerca de 20 homens que chegaram ao local armados com explosivos.

O sistema penitenciário brasileiro é considerado por algumas organizações internacionais como um dos "piores" e "mais desumanos" do mundo, devido às altas taxas de sobrelotação e às más condições em que os presos se encontram.

Segundo dados oficiais divulgados em dezembro do ano passado, a população carcerária no Brasil chegou a 726.712 pessoas, o que significou um aumento de 104 mil detidos desde 2014, dados que tornam o Brasil no país com a terceira maior população carcerária em números absolutos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.

O Brasil experienciou uma das suas piores crises penitenciárias no início de 2017, depois que várias prisões nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte testemunharam confrontos entre criminosos de diferentes fações criminosas, o que resultou em cerca de 150 mortos.

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