Pelo menos 37 migrantes morreram num incêndio na fronteira mexicana

por Lusa

Pelo menos 37 migrantes morreram num incêndio numa delegação do Instituto Nacional de Migração (INM) mexicano, em Cidade Juárez, na fronteira do México com os Estados Unidos, disseram hoje várias fontes à agência de notícias EFE.

Na zona do incêndio, perto do Rio Grande, na área que divide México e os Estados Unidos, a agência EFE pode verificar dezenas de sacos com os corpos dos migrantes que morreram.

As autoridades mexicanas ainda não emitiram uma declaração oficial sobre o incidente, mas espera-se que o Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, fale hoje sobre o caso durante uma conferência de imprensa.

Na delegação do INM, localizada na ponte internacional Stanton-Lerdo, que liga Cidade Juárez a El Paso, no Texas, havia dezenas de migrantes detidos, a maioria da Venezuela.

A origem do incêndio ainda é desconhecida, mas testemunhas disseram aos meios de comunicação locais que o fogo começou na área onde os migrantes estavam detidos e alguns destes ficaram retidos no local.

Vários agentes do INM tinham realizado, antes do incêndio, uma operação para retirar migrantes que mendigavam nas ruas.

A presença de migrantes na área intensificou-se este ano, desde que os Estados Unidos anunciaram novas medidas que incluem a deportação imediata de migrantes do Haiti, Venezuela, Nicarágua e Cuba.

A região vive um fluxo migratório recorde, com 2,76 milhões de migrantes ilegais detidos na fronteira entre os Estados Unidos e o México em 2022 e, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), o fluxo migratório aumentou 8% no território mexicano.

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