Pequim vai manter a supervisão sobre Macau e Hong Kong, que continuam a beneficiar de um alto grau de autonomia, mas que só devem ser governados por patriotas, afirmou hoje o primeiro-ministro chinês.
"Vamos assegurar que o governo central exerce a jurisdição global sobre as duas regiões administrativas especiais, e defender firmemente o princípio de que Hong Kong e Macau devem ser governados por patriotas", disse Li Keqiang na abertura da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, citado pelo diário South China Morning Post.
"Manteremos o nosso firme compromisso com a letra e o espírito da política de `um país, dois sistemas`, sob os quais o povo de Hong Kong administra Hong Kong, e o povo de Macau administra Macau, ambos com um elevado grau de autonomia", acrescentou Li.
"Apoiaremos plenamente os governos destas duas regiões administrativas especiais no exercício de uma governação baseada na lei", prometeu ainda, na sessão à qual assiste o chefe do governo de Macau, Ho Iat Seng.
Tanto em Macau, como em Hong Kong, os candidatos pró-democracia foram afastados das últimas eleições por não serem patriotas.
A decisão das autoridades surgiu depois de em 2019 Hong Kong ter sido palco de protestos maciços e violentos que começaram com o combate à proposta da lei da extradição, mas que evoluiu para a exigência popular de reformas democráticas.
