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Pinochet deixa carta onde justifica golpe militar
O ex-ditador chileno Augusto Pinochet justificou numa carta póstuma, hoje divulgada na imprensa do Chile, o golpe militar que o levou ao poder em 1973, lamentando os danos que provocou.
Na carta, intitulada "Mensagem aos meus compatriotas", o antigo ditador salienta, contudo, que voltaria a fazer o golpe militar, mas "com mais sabedoria".
O documento foi deixado aos directores da Fundação Augusto Pinochet, que decidiram publicar a mensagem devido ao seu valor histórico e constituir uma m ensagem de "unidade".
A carta está dirigida aos chilenos "sem excepção" e Pinochet expressa o desejo de que fosse divulgada após a sua morte que ocorreu no passado dia 10.
"Quero despedir-me de vocês com muito carinho. Entendo que isto pareça incompreensível para muitos, mas é assim. No meu coração não deixei lugar para o ódio", afirma no texto.
"Amo a Pátria e a todos vocês. Por amor podem-se fazer muitas coisas boas e muitas más. Acertadas e erradas. Nunca imaginei entrar na história do meu país, assim aconteceu", refere.
Depois de considerar que uma guerra é o "pior que pode acontecer a uma sociedade", Pinochet afirma que a "maioria da população tendia para eliminar a imposição de uma ditadura marxista", em alusão ao governo de Salvador Allende.
Acrescenta que teve que actuar com o "máximo rigor" até conjurar qualquer extensão do conflito que se anunciava, pois caso contrário, a acção militar teria sido um fiasco, que provocaria no "povo consequências negativas por muitos mais anos".
Nesse sentido, Pinochet argumenta que foi preciso "empregar diversos procedimentos de controlo militar, como reclusão transitória, exílios e fuzilament os".
"Em muitas mortes ocorridas e em muitos desaparecimentos é possível que não se consiga perceber como e quando ocorreram", assegura.
Durante a ditadura de Pinochet, morreram mais de 3.000 pessoas, um milhão desapareceram, cerca de 30 mil foram torturadas e 200.000 exiladas.
Segundo a Fundação Pinochet, o texto original, escrito à máquina, será exibida num futuro museu.
O documento foi deixado aos directores da Fundação Augusto Pinochet, que decidiram publicar a mensagem devido ao seu valor histórico e constituir uma m ensagem de "unidade".
A carta está dirigida aos chilenos "sem excepção" e Pinochet expressa o desejo de que fosse divulgada após a sua morte que ocorreu no passado dia 10.
"Quero despedir-me de vocês com muito carinho. Entendo que isto pareça incompreensível para muitos, mas é assim. No meu coração não deixei lugar para o ódio", afirma no texto.
"Amo a Pátria e a todos vocês. Por amor podem-se fazer muitas coisas boas e muitas más. Acertadas e erradas. Nunca imaginei entrar na história do meu país, assim aconteceu", refere.
Depois de considerar que uma guerra é o "pior que pode acontecer a uma sociedade", Pinochet afirma que a "maioria da população tendia para eliminar a imposição de uma ditadura marxista", em alusão ao governo de Salvador Allende.
Acrescenta que teve que actuar com o "máximo rigor" até conjurar qualquer extensão do conflito que se anunciava, pois caso contrário, a acção militar teria sido um fiasco, que provocaria no "povo consequências negativas por muitos mais anos".
Nesse sentido, Pinochet argumenta que foi preciso "empregar diversos procedimentos de controlo militar, como reclusão transitória, exílios e fuzilament os".
"Em muitas mortes ocorridas e em muitos desaparecimentos é possível que não se consiga perceber como e quando ocorreram", assegura.
Durante a ditadura de Pinochet, morreram mais de 3.000 pessoas, um milhão desapareceram, cerca de 30 mil foram torturadas e 200.000 exiladas.
Segundo a Fundação Pinochet, o texto original, escrito à máquina, será exibida num futuro museu.