Piratas capturaram navio com bandeira italiana
Piratas somalis capturaram esta tarde um rebocador de bandeira italiana, com 16 tripulantes a bordo, ao largo do Golfo de Aden. A situação está a ser acompanhada bordo da fragata Corte Real, da marinha portuguesa onde funciona o Comando da NATO da Operação de Combate à Pirataria, que se encontra a 150 milhas do local.
O "Buccaneer", um rebocador de 75 metros, dirigia-se de Singapura para o Canal do Suez.
Shona Lowe, porta-voz da NATO, confirmou à agência France Press, que "o navio foi tomado por piratas quando estava a rebocar outro navio" e "a NATO está a tentar negociar a libertação dos 10 cidadãos que estão a bordo da embarcação".
Em declarações à Reuters, o tenente Sérgio Carvalho, revelou que "o rebocador emitiu um pedido de ajuda e que seis minutos mais tarde todas as comunicações com a embarcação foram perdidas". A fragata Corte Real encontrava-se na zona onde o rebocador foi capturado, mas longe de mais para prestar socorro.
"Ainda não temos muitos dados concretos sobre este caso, estamos ainda
em fase de investigação do que poderá ter acontecido e em que situação
se encontra a embarcação", afirmava ao início da tarde à RTP, o Comandante Santos Ferreira,
oficial de Relações Públicas da Missão da Nato na costa somali.
"Existem fortes indícios que nos levam a crer que o navio tenha sido
tomado por piratas, como a perda de comunicações e a alteração brusca
da rota em direcção à costa da Somália, mas ainda não é possível
confirmar esta informação", acrescentou.
Duas embarcações atacadas este sábado
Já esta manhã, os piratas atacaram o MV Anatólia, um cargueiro com bandeira do Panamá. Fontes da NATO afirmam que chegaram a ser disparados tiros e que uma granada, que não chegou a explodir, atingiu a cabine do comandante.
Os oito piratas armados com metralhadoras AK-47 que estavam a bordo da embarcação que atacou o MV Anatólia foram afastados com o recurso a canhões de água. O cargueiro terá conseguido minimizar os estragos recorrendo a manobras evasivas.