Uma variante ainda pior do que a Delta poderá surgir, alertou o especialista em doenças infecciosas e conselheiro médico da Casa Branca, Anthony Fauci. O especialista imputou responsabilidades àqueles que continuam sem se vacinar, de poderem contribuir para a mutação do vírus.
“Mas, se se permitir uma oportunidade de o vírus continuar a mudar, estar-se-á a conduzir a uma vulnerabilidade que poderá resultar numa variante ainda pior e então isso irá ter impacto não apenas nos que não estão vacinados, mas também nos vacinados, porque essa variante poderá escapar à proteção da vacina”, concluiu.
Apesar dos esforços de Anthony Fauci e da Casa Branca para promover a vacinação contra a Covid-19, a taxa tem diminuído e os casos de infeção por coronavírus têm aumentado. Medidas de proteção contra a propagação do vírus, como o uso obrigatório de máscara foram restabelecidas em cidades como Los Angeles e Las Vegas. Em Nova Iorque será necessário fazer prova da toma da vacina para entrar em restaurantes e ginásios.
“Passo extra” para a vacinação
Anthony Fauci acredita que após a aprovação das vacinas a nível federal pela Federal Drug Administration, o que deverá acontecer no final do mês, será mais fácil para as empresas privadas exigirem a obrigatoriedade de vacinação.
Esta segunda-feira, mais uma empresa - a Gilead Sciences Inc. – tornou público que os seus funcionários e subcontratados nos Estados Unidos têm de ter a vacinação completa contra a Covid-19 a partir de 1 de outubro.
O anúncio da empresa de biotecnologia sucede-se ao da farmacêutica Pfizer, que na semana passada divulgou que os seus trabalhadores terão de ser vacinados ou fazer testes regulares.
Outras empresas como a Alphabet, a Apple e a Walt Disney começaram a exigir a vacinação dos seus empregados.
Até domingo, 50,1 por cento da população dos EUA foi totalmente vacinada contra o Covid-19, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Críticos apontam a Fauci dualidade de critérios
As declarações de Fauci a propósito de um evento conotado com o partido conservador, num Estado conservador, contrastam com o seu silêncio em relação a outros eventos, notam os seus críticos.
Por exemplo, a festa de aniversário de Barack Obama, que reuniu muitas celebridades que não usaram máscara, incluindo o próprio antigo presidente dos Estados Unidos, não mereceu comentários do conselheiro da Casa Branca.
Tópicos