Três suspeitos continuam desaparecidos.

As investigações, iniciadas em Outubro do ano passado, mostram que a quadrilha fez chegar aos Estados Unidos desde 2004 cerca de 150 pessoas, na maioria crianças e adolescentes.

Segundo o chefe do Núcleo de Operações da Delegacia de Imigração, Felício Laterça, a quadrilha transportava as crianças para os Estados Unidos com o objectivo de encontrar os pais, imigrantes ilegais, mas a polícia acredita que houve casos em que as crianças foram enviadas para adopção.

A quadrilha cobrava entre 13.000 e 15.000 dólares por criança.

Os menores recebiam certidões de nascimento falsas e instruções para as entrevistas no consulado norte-americano.

Em alguns casos, as crianças eram registadas como filhos dos integrantes da quadrilha.

Os responsáveis pelo transporte dos menores são, na maioria, advogados e funcionários públicos, o que, segundo a polícia, facilitava a aprovação do visto pelas autoridades norte-americanas.

A quadrilha transportava também pessoas interessadas em trabalhar nos Estados Unidos, que viajavam como acompanhantes das crianças.

Segundo a polícia, as investigações vão continuar, e as crianças que foram remetidas ilegalmente para os Estados Unidos poderão ser deportadas junto com os pais.

Os acusados serão indiciados por formação de quadrilha, falsidade ideológica e tráfico de crianças e estão sujeitos a penas que podem ir até aos 14 anos de prisão.