Polícia brasileira prende quatro suspeitos de participar do assassínio de Marielle Franco

por Lusa

Quatro suspeitos de terem participado no assassínio da política e defensora dos direitos humanos brasileira Marielle Franco foram presos, esta quinta-feira, no Rio de Janeiro, incluindo a mulher e o cunhado do ex-polícia acusado de ser o atirador.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os detidos são suspeitos de terem feito desaparecer a metralhadora usada para matar Marielle Franco e o motorista do carro em que ela viajava, Anderson Gomes, em março de 2018.

Segundo as autoridades brasileiras, os detidos Elaine Lessa, o seu irmão, Bruno Pereira Figueiredo, José Márcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas atuaram para "impedir e embaraçar a investigação criminal que apura a participação de uma organização criminosa nos homicídios da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes".

Em março passado, os ex-polícias Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz foram presos e acusados de serem os responsáveis pela execução do crime.

Ronnie Lessa terá disparado contra Marielle Franco e Anderson Gomes, enquanto Vieira de Queiroz foi acusado de conduzir o carro usado para cometer o crime.

As investigações que culminaram nas ordens de prisão cumpridas hoje indicam que os suspeitos deitaram ao mar uma caixa com a arma utilizada no crime.

A informação sobre o possível desaparecimento da metralhadora foi revelada por um pescador que disse ter sido contratado por um dos suspeitos para levá-lo ao local em que as caixas foram atiradas ao mar, no bairro da Barra da Tijuca.

Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em 14 de março de 2018, quando regressavam de um evento político.

O crime completou um ano e meio e, embora as autoridades tenham prendido os suspeitos de terem sido responsáveis pela execução da ativista e do seu motorista, ainda não há uma conclusão sobre a motivação nem sobre quem foram os mandantes.

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