A polícia da Argentina evacuou no domingo a Casa Rosada, sede do governo do país, após receber uma falsa ameaça de bomba, no final da votação nas primárias com vistas às eleições presidenciais de 22 de outubro.
A Casa Militar, encarregada de proteger a Presidência, disse ao jornal Clarín que a polícia da capital, Buenos Aires, recebeu uma chamada de um suposto segurança da Casa Rosada, que garantiu que uma pessoa o tinha informado sobre a instalação de um explosivo na sede do governo.
De acordo com fontes policiais, citadas pela agência de notícias EFE, a chamada para o número de emergência 911, feita por volta das 23h00 de domingo em Lisboa, levou ao envio de duas brigadas do departamento de explosivos e cães de deteção.
Após a evacuação do edifício, os especialistas iniciaram a busca pelo explosivo, mas, após a vistoria da Casa Rosada ter dado resultado negativo, determinaram que foi uma falsa ameaça de bomba.
Duas outras falsas ameaças de bomba foram registadas durante a votação para as primárias, especificamente em duas assembleias de voto que foram evacuadas, mas onde posteriormente foi retomado o processo eleitoral.
As assembleias de voto na Argentina fecharam às 22h00 de Lisboa de domingo, após a votação nas primárias com vistas às eleições presidenciais de 22 de outubro.
A lei prevê que os primeiros resultados do escrutínio provisório começassem a ser divulgados a partir da 1h00 de segunda-feira em Portugal, embora o Governo tivesse anunciado que a complexidade do sistema de votação - entre outras questões, devido à referida votação eletrónica - poderia levar a atrasos na contagem.
Para conseguir a participação nas eleições de 22 de outubro, os partidos têm de obter um mínimo de 1,5% dos votos.
O nível de participação a meio da jornada eleitoral foi considerado "normal" pelas autoridades eleitorais, segundo a agência EFE.
No entanto, num contexto de descontentamento popular, com o país a enfrentar dificuldades económicas e uma elevada taxa de inflação, os principais dirigentes políticos apelaram à participação, receando que a abstenção seja alta.