Polícia militar acusado de arquitetar assassinato de juíza no Rio de Janeiro nega envolvimento no crime

Rio de Janeiro, 19 nov (Lusa) - O tenente-coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Cláudio Oliveira, acusado de ser o mentor do assassinato da juíza Patrícia Acioli, negou hoje qualquer envolvimento no crime, informa o diário "O Globo".

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O ex-comandante do Batalhão de São Gonçalo, município do estado do Rio de Janeiro, declarou ainda que tinha uma "boa relação" com a juíza.

Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros em agosto desde ano, quando chegava em sua casa em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

As investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios apontaram como responsáveis pelo crime um grupo de polícias corruptos, cujos processos eram julgados pela magistrada.

Patrícia Acioli julgava com frequência crimes cujos réus eram polícias, acusados de corrupção, homicídios e formação de quadrilha e era conhecida por seu rigor na definição das penas.

Com o resultado das investigações, a justiça brasileira acusou três polícias pelo crime, entre eles Cláudio Oliveira - apontado como o mentor do assassinato - e outros dois soldados seus subordinados.

Durante as investigações, mais de trinta homens da Polícia Militar da região foram afastados de suas atividades.

No seu depoimento, hoje, Oliveira terá dito ainda que ficou a saber pela imprensa que as cápsulas de balas encontradas no carro da juíza pertenciam a um lote da Polícia Militar.

As audiências do caso continuam na próxima segunda-feira, quando mais testemunhas serão ouvidas.

 

 

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