Polícia moçambicana culpa grupo dissidente da Renamo por ataque a autocarros

por Lusa

A Polícia moçambicana atribuiu hoje a um grupo dissidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) o ataque que matou no domingo duas pessoas e feriu outras oito junto à principal estrada (EN1) que atravessa o país.

O ataque no centro de Moçambique que visou cinco veículos, quatro autocarros e uma carrinha ligeira de passageiros, pelas 07:20 (06:20 de Lisboa), ocorreu no povoado de Mucombezi, entre os distritos de Nhamatanda e Gorongosa (Sofala), disse à Lusa, Daniel Macuacua, porta-voz da corporação.

Os atacantes posicionados junto à via, prosseguiu, dispararam uma rajada de tiros de armas do tipo AKM contra as viaturas, matando no local um passageiro e ferindo outro nove. 

Uma segunda vítima mortal foi confirmada à Lusa por uma fonte médica Hospital Provincial de Chimoio (HPC), para onde tinha sido conduzida.

A Polícia "continua no terreno a efetuar trabalho de perseguição para a neutralização destes infratores", acrescentou o porta-voz.

Os autocarros foram alvejados na mesma zona da EN1 onde na quinta-feira outros dois ataques atingiram dois autocarros, provocando, na altura, sete feridos, três dos quais em estado grave.

Uma terceira viatura foi atacada no mesmo dia mais a sul de Sofala, na zona do rio Gorongosa, no troço Save-Muxúnguè, no distrito de Chibabava, junto à EN1.

Os ataques surgem na sequência de outros em estradas e povoações das províncias de Manica e Sofala, por onde deambulam guerrilheiros dissidentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido da oposição), liderados por Mariano Nhongo, da autoproclamada Junta Militar da Renamo.

 

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