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Polícia turca encontrou provas de assassínio no Consulado saudita

por RTP
Durante a revista ao consulado saudita em Istambul Osman Orsal, Reuters

A polícia turca terá encontrado na revista ao Consulado saudita provas materiais do assassínio de Jamal Khashoggi. Segundo a CNN, o Governo de Riade está a preparar um comunicado explicando que a morte do jornalista foi o resultado de um interrogatório que acabou mal.

O procurador-geral turco afirmou à televisão qatari Al Jazeera que a revista levada a cabo, em conjunto, por agentes turcos e especialistas sauditas ao Consulado saudita em Istambul revelou vestígios de aí ter sido cometido o assassínio do jornalista.

Segundo o procurador, citado pelo correspondente de Al Jazeera em Istambul, a equipa de investigadores encontrou no Consulado sinais de adulteração de provas.

Entretanto, o Governo de Riade estará a preparar um comunicado explicando que a morte do jornalista Jamal Khashoggi foi o resultado de um interrogatório que acabou mal.

Segundo a cadeia de televisão norte-americana CNN, o comunicado sustentaria que o plano saudita consistia em interrogar o jornalista e depois raptá-lo, fazendo-o sair secretamente da Turquia e levando-o para a Arábia Saudita.

Uma fonte citada pela CNN refere que o Governo saudita irá admitir que a operação foi levada a cabo sem a necessária correcção e transparência, pelo que os seus executores serão agora responsabilizados.

O relato que o presidente norte-americano fez hoje de manhã sobre a sua conversa telefónica com o rei Salman referia que este negara qualquer conhecimento sobre alguma operação contra Khashoggi, mas admitira que este pudesse ter sido vítima de "elementos incontroláveis".

A referência a "elementos incontroláveis" sugeria já uma disposição do Governo saudita para sacrificar os operacionais da liquidação de Khashoggi. O depoimento hoje recolhido pela CNN sobre a responsabilização dos envolvidos parece confirmar o relato de Trump sobre a conversa com o rei.
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