Porto Alegre terá ex-candidata a vice-PR do Brasil na segunda volta das municipais
A eleição para prefeitura de Porto Alegre, capital do estado de Rio Grande do Sul, será decidida numa segunda volta disputada entre a ex-candidata à vice-presidência brasileira em 2018 Manuela D`Ávila e o deputado Sebastião Melo.
Apesar de Manuela D`Ávila ter liderado as sondagens durante toda a campanha eleitoral, foi Sebastião Melo, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que conseguiu passar à segunda volta das municipais em primeiro lugar, com 31,01% dos votos, indicaram dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Sebastião Melo, deputado estadual de 62 anos, já foi vice-prefeito de Porto Alegre, no executivo de José Fortunati (2013-2016). Nas últimas eleições autárquicas, Melo concorreu à prefeitura e conseguiu chegar à segunda volta, tendo sido derrotado por Nelson Marchezan Júnior, atual prefeito.
Já Manuela D`Ávila, de 39 anos, principal líder da esquerda na capital de Rio Grande do Sul, conseguiu no domingo 29% dos votos.
A candidata ganhou uma maior notoriedade política em 2018, ao concorrer a vice-presidente do Brasil na candidatura liderada por Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), e que chegou à segunda volta, tendo perdido para o atual Presidente, Jair Bolsonaro.
Manuela, que concorre ao cargo de prefeita pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), tem um longo percurso político, tendo sido vereadora, deputada estadual, e deputada federal por dois mandatos. A política disputou a prefeitura de Porto Alegre em outras duas ocasiões: 2008 e em 2012, mas nunca venceu.
O Brasil realizou no domingo eleições para escolher os prefeitos e vereadores das câmaras legislativas de 5.567 cidades, número que exclui o Distrito Federal, onde a administração do território, incluindo a capital do país, Brasília, é exercida pelo governador, e também Macapá, capital do estado do Amapá, onde a votação foi adiada devido a problemas no abastecimento elétrico.
As eleições deste domingo, que têm a segunda volta agendada para 29 de novembro para os candidatos que não alcançaram mais de 50% dos votos, deviam ter decorrido em outubro, mas as autoridades eleitorais decidiram adiar, devido à pandemia de covid-19.
O sufrágio municipal é o primeiro realizado no Brasil desde as eleições presidenciais de outubro de 2018, nas quais a extrema-direita subiu ao poder através do atual Presidente, Jair Bolsonaro.
Ao todo, 147,9 milhões de eleitores brasileiros estavam recenseados.
Neste ano, o sufrágio deu-se sob uma preocupação redobrada com higiene e condições sanitárias dos locais de votação para evitar a proliferação do novo coronavírus SARS-CoV-2.
A abstenção nesta primeira volta ficou em 23,14%, indicou o Tribunal Superior Eleitoral.