PR da Guiné-Bissau condena golpe de Estado e tomada do poder pela força

por Lusa

O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, condenou hoje o golpe de Estado no Mali, salientando que não se pode aceitar a tomada do poder pela força.

"Condenamos energicamente. Não podemos aceitar a tomada de poder pela força. É lamentável o que se passa no Mali", afirmou o chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló falava no final da reunião ordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional, que decorreu no Palácio do Governo, em Bissau.

Sobre a reunião, o Presidente guineense salientou que aquela reunião ocorre duas vezes por mês, porque é um órgão que analisa a "vida inteira do país".

"Falámos da nomeação do novo diretor do SIS e também analisámos a situação no Mali", disse.

Umaro Sissoco Embaló exonerou a semana passada António Cabral Avelino das funções de diretor-geral do Serviço de Informação de Segurança e nomeou o brigadeiro-general Arsénio Lassana Balde, que esteve a trabalhar com a missão das Nações Unidas, em Bissau.

O Presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, anunciou a demissão hoje de madrugada, horas depois de ter sido afastado do poder num golpe liderado por militares, após meses de protestos e agitação social.

A ação dos militares já foi condenada pela Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e União Europeia (UE).

Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da ONU e da UE.

Antigo primeiro-ministro (1994-2000), Ibrahim Boubacar Keita, 75 anos, foi eleito chefe de Estado em 2013, e renovou o mandato de cinco anos em 2018.

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