PR da Guiné-Bissau nomeia Umaro Sissoco como novo primeiro-ministro
Bissau, 18 nov (Lusa) - O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, nomeou hoje Umaro Sissoco como novo primeiro-ministro do país.
O decreto presidencial foi lido na Rádio Difusão Nacional e, no preâmbulo, o chefe de Estado considera cumpridos os preceitos constitucionais, bem como os compromissos estabelecidos no Acordo de Conacri para que seja formado "um governo inclusivo" que permita "salvar a presente legislatura".
O Presidente guineense justifica a escolha com a necessidade de o novo executivo "ter apoio parlamentar ou pelo menos não ter a maioria contra ele".
Umaro Sissoco vai liderar o quinto governo da legislatura iniciada em 2014.
O nome tinha sido proposto por José Mário Vaz aos partidos políticos no âmbito das negociações mediadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para resolver a crise política na Guiné-Bissau - que levaram à assinatura do Acordo de Conacri.Umaro Sissoco é general na reserva O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco, 44 anos, é um general na reserva das Forças Armadas guineenses, de acordo com o currículo fornecido à agência Lusa.
No documento, apresenta-se como bacharel em Relações Internacionais pelo Instituto de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa.A formação superior foi depois complementada com um mestrado pelo Instituto de Estudos Internacionais da Universidade Complutense de Madrid, bem como com outros estudos nas áreas militares e de defesa em Espanha, Bélgica e Israel.
Umaro El Mokhtar Sissoco Embalo nasceu em Bissau a 23 de setembro de 1972 e tem mantido residência em Dacar, capital do Senegal.
É conhecido pelas suas ligações a vários líderes africanos, nomeadamente chefes de Estado, e afirma-se também como a pessoa que trouxe o antigo líder líbio Muammar Kadhafi a Guiné-Bissau, durante algumas horas, em março de 2009.
O currículo sublinha as suas ligações como antigo conselheiro de Kadhafi e de Blaise Compaoré, militar e político que liderou o Burkina Faso.