PR exonera comandante-geral da Polícia, 24 horas após assassínio de director da Ordem e Segurança Pública
Maputo, 17 Dez (Lusa) - O Presidente de Moçambique exonerou hoje o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Custódio Pinto, depois do assassínio a tiro, na terça-feira, em Maputo, do director da Ordem e Segurança Pública, Feliciano Juvane.
Em substituição de Custódio Pinto, Armando Guebuza indicou Jorge Calau, que ocupava o cargo de vice-comandante geral da polícia e é formado em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane.
Custódio Pinto, nomeado este ano para a chefia da polícia moçambicana, desempenhou anteriormente as funções de comandante da Defesa Anti-Aérea no Comando da Força Aérea de Moçambique.
A sua saída ocorre 24 horas depois do assassínio de Feliciano Juvane, morto a tiro na terça-feira à noite próximo da sua casa por "um grupo de criminosos".
O grupo disparou, à queima-roupa, cerca de 10 tiros, contra o automóvel, depois deste ter estacionado a viatura na garagem da sua residência, no bairro Central, centro da capital do país.
Em declarações hoje à Lusa, o porta-voz do comando geral da PRM, em Maputo, Pedro Cossa, contou que "tudo aconteceu quando ele (Juvane) chegava a casa, por volta das 21:30 de terça-feira, depois de uma jornada de trabalho".
"Mal meteu seu carro na garagem, dois indivíduos com duas AK47 apareceram e dispararam contra o seu automóvel", ferindo-o gravemente, disse Cossa.
Prontamente socorrido e transportado para o Hospital Central de Maputo,"tudo foi feito para o salvar", Feliciano Juvane acabou por sucumbir aos ferimentos, adiantou o porta-voz.
O chefe de Estado moçambicano confere posse ao novo comandante geral da PRM na quinta-feira de manhã.
MMT.
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